Agora mesmo, mortos na China estão a ser ensacados a um ritmo impressionante e milhões de pessoas em cidades como Shenzen Guangzhou e Shangai estão de quarentena.
Apesar dos avanços da medicina e da tecnologia ao longo dos últimos 100 anos, as pandemias foram e continuam a ser a besta negra da humanidade. Foi a febre Asiática, em 1957-58, que matou cerca de 2 milhões de pessoas, foi a gripe de Hong Kong em 1968, foi a SARS em 2002 que matou mais de 800 pessoas e agora o coronavírus recentemente baptizado de Covid-19 que, no espaço de menos de dois meses, já matou mais de 1100 pessoas.
Os números são impressionantes, mas aquilo que mais impressiona são as cidades Chinesas tomadas literalmente pelo Exército no seu esforço para controlar o vírus à imagem daquilo que só se tinha visto nos filmes de Hollywood sobre pandemias.
Não existe a mais pequena dúvida que a China se está a preparar para uma preocupante pandemia, e provavelmente prolongada no tempo que, sem sombra de dúvida, terá um enorme impacto na economia mundial.
Na província de Hubei, onde tudo começou, as industrias com mais peso da região são as seguintes e os sectores em que o emprego será mais afectado estão no quadro a seguir.
Antes do mais lembrar que a Europa ainda não tem os milhares de casos de pessoas infectadas que existem na China e a quarentena ainda não é a regra fora das zonas e programas especialmente definidos em preparação para o COVID-19. Nesse sentido podemos dizer que por agora estamos…bem, mas isso não nos permite baixar a guarda face a tudo aquilo que tem sido visto e recentemente dito pela OMS ( a Organização Mundial de Saúde). O COVID-19 é oficialmente o inimigo publico nº1 da humanidade, esta foi a declaração do seu director geral em Genebra.
Já tivemos noticias de pessoas que fugiram de quarentena em Hong Kong e outras na China, já tivemos noticias de supermercados esvaziados pela população. Neste momento mais de 50 milhões de pessoas estão obrigadas a ficarem nas suas casas, na China, com autorização para irem às compras uma vez por semana e só uma pessoa por agregado, e não mais que duas horas nos lugares previamente designados.
O Exército Chinês sabe que a separação entre civilização e anarquia está à distância de 7 refeições. Todas as escolas militares sabem que 7 refeições sem comida é o limite para impedir a selvajaria. As pessoas revoltam-se, assaltam, roubam para obter comida. Pouca gente sabe o pequeno numero de horas que é preciso para que uma sociedade civilizada entre numa espiral caótica, mas as escolas militares sabem e todas estudam esse fenómeno.
Felizmente, na China, a falta de comida nos mercados não é um problema de falta de comida, mas um problema de logística relacionado com as medidas de prevenção do coronavírus.
Esta não é diferente, e o comportamento dos mercados, particularmente o mercado americano, é sintomático, apesar de os novos máximos estarem a ser sustentados por empresas aparentemente com pouco vinculo ao problema do COVID-19.
De qualquer forma, será útil estar atento a todas as farmacêuticas e empresas de biotecnologia que possam trazer ou ajudar a uma solução para o coronavírus, assim como a empresas de distribuição que tenham como intuito utilizar ‘’drones’’ na distribuição para evitar o contacto humano.
Este é o momento para fazer uma análise atenta do mercado, redimensionar e reajustar as carteiras, esperar o melhor e estar preparado para o pior.