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Glossário


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A prazo – Operação que tem vencimento ou liquidação numa data futura. O período que medeia o início da operação e o seu término designa-se por prazo.

À vista – Operação em que liquida imediatamente. Por exemplo, um acto de compra e venda em que se dá a troca simultânea e imediata de um bem por dinheiro constitui uma operação à vista. Também se consideram à vista os negócios de compra de títulos em bolsa, não obstante exista um prazo de poucos dias para a sua liquidação financeira.

Abaixo do par – Expressão relativa à cotação de um título (acção ou obrigação), quando aquela se situa abaixo do valor nominal do mesmo. Também se diz que uma obrigação foi emitida abaixo do par quando o seu valor de subscrição é inferior ao seu valor nominal. No caso das acções, estas podem ser subscritas abaixo do par quando a emissão é, pelo menos em parte, acompanhada de incorporação de reservas.

Absorção – Diz-se que uma empresa absorveu outra quando, na fusão entre as duas, a segunda (absorvida) é adquirida pela primeira, desaparecendo.

Acção – Parte ou fracção da propriedade ou do capital social de uma empresa, representada sob a forma de um título de capital. Só as sociedades anónimas têm o seu capital representado por acções.

Acção ‘High Flyer’ – Acção excessivamente valorizada e tremendamente especulativa que apresenta subidas abruptas em curtos períodos de tempo. Um exemplo são as acções tecnológicas com negócios que ainda não mostraram qualquer resultado prático.

Acção agressiva (ou volátil) – Tipo de acções que normalmente apresentam flutuações maiores que o conjunto do mercado. Usualmente, são aquelas que possuem coeficientes Beta superiores a 1.

Acção antiga – Denomina-se por acções antigas aquelas que existiam anteriormente à realização de um aumento do capital social da empresa.

Acção ao portador – Acção em que a respectiva titularidade é determinada pela detenção física do título.

Acção cíclica – Acção cujo valor de cotação oscila com os ciclos económicos.

Acção defensiva – Tipo de acções que normalmente apresentam flutuações menores que o conjunto do mercado. Usualmente, são aquelas que possuem coeficientes Beta inferiores a 1.

Acção gratuita – Acção cuja subscrição não custa dinheiro. Por exemplo, num aumento do capital de uma sociedade totalmente realizado por incorporação de reservas livres.

Acção nominativa – Acção que tem a designação do seu titular, não podendo, portanto, ser transmitida sem que seja alterado o registo do seu proprietário.

Acção ordinária – Acções ordinárias são valores mobiliários representativos do capital social de uma sociedade anónima, que atribuem aos seus detentores (accionistas) uma parcela da propriedade da empresa e o direito de voto em Assembleia Geral. Os accionistas são remunerados quer através do pagamento de dividendos, em função dos lucros obtidos pela empresa e dependendo da política de distribuição dos mesmos, quer pela realização de mais-valias. Em caso de liquidação da empresa, todos os credores, obrigacionistas e detentores de acções preferenciais têm prioridade sobre os titulares de acções ordinárias.

Acção preferencial – Acção que paga uma taxa pré-definida de dividendos (calculada sobre o valor nominal das acções) acima do dividendo atribuído às acções ordinárias, e com preferência sobre estas relativamente ao pagamento de dividendos e à liquidação de activos. O dividendo preferencial é cumulativo, o que significa que se por qualquer razão não for pago, deverá ser adicionado ao dividendo do exercício seguinte. As acções preferenciais não conferem, habitualmente, o direito a voto.

Acção própria – Acção da própria empresa readquirida no mercado e mantida em carteira.

Acção remível – São acções amortizáveis, quando verifica a condição de amortização estabelecida aquando da sua emissão. Por exemplo, um período temporal de vida.

Acção Tecnológica – Acções de empresas envolvidas em sectores tecnológicos (computadores, semicondutores, biotecnologia, robótica e electrónica). Normalmente, as empresas tecnológicas bem sucedidas apresentam taxas de crescimento dos seus resultados muito superiores à média, apresentando também como consequência, elevada volatilidade nas suas cotações.

Accionista – É o detentor de acções de uma sociedade anónima. Essa titularidade confere-lhe todos os direitos e deveres legais de propriedade sobre a sociedade, na proporção da quantidade detida.

Aceite bancário – Título aceite por um banco para pagamento de um determinado montante numa data futura.

Acima do par – Expressão relativa à cotação de um título (acção ou obrigação), quando aquela se situa acima do valor nominal do mesmo. Também se diz que uma obrigação foi emitida acima do par quando o seu valor de subscrição é superior ao seu valor nominal. Neste caso, o subscritor paga um prémio ao emissor.

Acordo de dupla tributação – Acordo entre dois países para que os impostos pagos num deles possam ser deduzidos aos impostos a pagar no outro país.

Acordo de recompra (Repo) – Compra de títulos do Tesouro a um intermediário bolsista com o compromisso de este os recomprar a um preço previamente especificado.

Activo – Algo que pertence a um indivíduo ou sociedade; instrumento financeiro; bem económico; equipamento; rubrica do balanço. Em termos das demonstrações financeiras o activo de uma empresa encontra-se disposto no lado esquerdo do balanço e o seu valor total é igual ao somatório do passivo com a situação líquida da empresa.

Activo amortizável – Activo de uma empresa que, por ter uma vida útil limitada, em virtude do seu uso ou desgaste, deve ser amortizado. Por exemplo, é o caso das imobilizações corpóreas (à excepção dos terrenos) e das imobilizações incorpóreas.

Activo bruto – É o valor do activo de uma empresa antes de efectuadas as correcções patrimoniais dadas pelas amortizações e a dedução das provisões referentes às diversas rubricas do balanço.

Activo circulante – Activos que não têm carácter duradouro ou permanente numa empresa. São activos de prazo mais curto e de maior liquidez, tais como os depósitos à ordem, os débitos sobre terceiros e as existências.

Activo de base (Activo subjacente ou activo de suporte) – Instrumento financeiro em que se baseia um contrato de futuros, opções ou warrants, negociados em Bolsa. Os índices, acções, moedas, taxas de juro e mercadorias são exemplos deste tipo de instrumentos. Porque têm por base um outro activo, recebem também a designação de Derivados.

Activo de curto prazo – Também designado de Activo Circulante de uma empresa, isto é, aquele que é convertível em numerário num prazo inferior a 1 ano (exemplos: caixa, depósitos, existências, clientes, etc.).

Activo de exploração – Activo que se encontra afecto à actividade principal da empresa (do seu objecto social).

Activo financeiro – Valor mobiliário que, geralmente, confere ao seu titular um crédito ou um direito de propriedade sobre a entidade emissora, tais como as obrigações e as acções.

Activo fixo – Activo com carácter duradouro ou de permanência numa empresa. O activo fixo é composto pelas imobilizações corpóreas, imobilizações incorpóreas e imobilizações financeiras da sociedade.

Activo incorpóreo – Activos que não tem carácter físico, ou seja, um activo intangível. Como exemplo, temos os trespasses, marcas e patentes.

Activo líquido – É o valor do activo de uma empresa após terem sido feitas as correcções patrimoniais, ou seja, depois de deduzido ao activo da empresa o valor das provisões e o valor das amortizações referentes às diversas rubricas do activo do balanço. O montante total do activo líquido da sociedade tem de ser sempre igual ao montante total do seu passivo.

Actualização – É a avaliação, a preços actuais, de um rendimento a receber ou de uma despesa a pagar numa data futura, em função do valor da inflação ou de uma taxa de juro.

Acumulação – Compra controlada de grandes quantidades de acções em Bolsa, de forma a evitar uma subida brusca da cotação. Um programa de acumulação por parte de um institucional pode demorar semanas ou mesmo meses a ser completado.

Admissão à cotação – Um título é admitido à cotação quando passa a poder ser transaccionado numa bolsa de valores, em conformidade com as regras desta, onde lhe é atribuída uma cotação de valor que varia em função da procura e a oferta de mercado.

ADR (American Depositary Receipts) – Certificados de depósito representativos de acções de empresas estrangeiras, negociadas em bolsa no país de origem, que são negociados em bolsas norte-americanas, como se de acções se tratassem. As acções objecto de compra por parte de um investidor norte-americano são depositadas num banco de custódia no país de origem que, por sua vez, dá instruções a uma instituição depositária nos EUA para emitir os correspondentes ADR que serão entregues ao investidor.

Ágio – Juros ou lucros obtidos com a variação de preços, a especulação cambial, na troca de moedas ou na troca de um título por metálico.

Ajuste diário de perdas e ganhos (Mark-to-market) – Procedimento pelo qual são diariamente apuradas e liquidadas as perdas e os ganhos nos contratos de futuros.

Alavancagem – Variações sobre a rendibilidade dos capitais próprios como consequência de distintas composições da estrutura financeira de uma empresa (capitais próprios e capitais alheios), de tal modo que se procure obter a relação óptima entre estas duas rubricas. Por exemplo, existe alavancagem financeira sempre que o rendimento de um capital é superior ao custo para o obter, isto é, quando o rendimento dos capitais próprios cresce com o aumento do endividamento.

Alavancagem Warrants – A cotação à vista do activo subjacente dividido pelo preço do Warrant, tendo em atenção também a quantidade de Warrants necessários para poder adquirir uma acção no futuro. A alavancagem mostra o número de Warrants que poderemos comprar com o mesmo montante que seria necessário para comprar o respectivo activo subjacente.

Alfa – Indicador matemático que mede a volatilidade da cotação de uma determinada acção tentando isolar as suas movimentações de preço das oscilações de mercado. Quando se diz que uma acção tem um coeficiente alfa elevado, espera-se que ela tenha um bom desempenho independentemente do que aconteça ao mercado em geral.

Alienar – Alienar um bem é vendê-lo, ou seja, transmitir a sua propriedade a outrem.

All-or-none-underwriting – Emissão de títulos que só será válida se a entidade financeira intermediária encarregue da operação obtiver subscrições correspondentes à totalidade da emissão.

Alta – Diz-se que o mercado ou que um título se encontra em alta, após um movimento de subida das suas cotações no mercado, ou quando se atinge um valor máximo absoluto ou relativo dos seus preços na bolsa.

Amortização antecipada – Pagamento de uma dívida ou de uma prestação de capital com vencimento futuro, antes do prazo previamente estabelecido. Por vezes, as empresas que contraem empréstimos obrigacionistas procedem a amortizações antecipadas de parte do capital em dívida realizando sorteios de algumas obrigações cujo valor é restituído aos respectivos titulares (credores) antes do prazo de vencimento acordado. Uma entidade pode, também, amortizar antecipadamente uma dívida ao banco credor. Porém, nestas situações, o banco pode cobrar taxas penalizadoras ao cliente, como forma de obter alguma compensação pelos juros que deixará de receber.

Amortização empresarial – Abate que diminui o valor contabilístico de balanço dos activos imobilizados de uma empresa, em função do seu uso e desgaste, ou da sua vida económica.

Amortização financeira – Operação financeira que consiste no reembolso total ou parcial de um empréstimo. O plano de amortização estipula o montante de prestações periódicas (mensalidades, trimestralidades, semestralidades ou anuidades) que serão satisfeitas pelo devedor até à extinção integral do empréstimo.

Análise Bolsista (Múltiplos de Mercado) – Técnica de previsão bolsista que se baseia, por um lado, nos dados financeiros publicados pelas empresas ou nas previsões de agentes especializados, e por outro, nos dados disponibilizados pelo mercado (nomeadamente cotações, lucros por acção ou dividendos), relacionando estes dados entre si, de forma a permitir uma correcta comparação com dados similares de outras empresas, para selecção das melhores. A análise fundamental e a análise bolsista têm muitas similaridades, sendo que a principal diferença reside no facto da segunda utilizar rácios (designados múltiplos de mercado) para poder efectuar comparações de empresas entre si. Os exemplos mais conhecidos deste tipo de rácios são o Price Earnings Ratio (PER), o Price Book Value (PBV) e o Price Cash Flow (PCF).

Análise de risco – Análise focalizada nos riscos a que um determinado negócio ou actividade económica possa estar exposto. Como exemplos, salientam-se o risco cambial, risco de taxa de juro, risco de liquidez, risco de contraparte, etc.

Análise de sensibilidade – Análise que procura estimar o grau de variação nos resultados de uma empresa, resultante de alterações nas variáveis mais relevantes que determinam o sucesso financeiro dessa empresa (ex: vendas). A realização de simulações diversas a este nível poderá ajudar a empresa na definição de estratégias e objectivos.

Análise financeira – Consiste no exame do Balanço e da Demonstração de Resultados de uma empresa, submetendo-os aos estudos mais críticos no sentido de avaliar a situação exacta da empresa, no campo financeiro, isto é, analisando a sua tesouraria, situação de devedores e credores, financiamento do seu imobilizado, os custos e proveitos, etc.

Análise fundamental – Processo de avaliação do valor de uma empresa e, consequentemente, do valor das suas acções, mediante a análise detalhada da sua situação económica e financeira actual (com base nos seus balanços patrimoniais e nas suas demonstrações de resultados e outros mapas financeiros) e previsão da situação futura (potencial crescimento), atendendo ao enquadramento macroeconómico em que se insere.

Análise gráfica – Tipo de análise que se integra na análise técnica e que se baseia exclusivamente no estudo dos gráficos de cotações. Também pode ser denominada de “chartismo”, derivado da expressão “chart” ou gráfico. O seu objectivo é determinar a tendência das cotações e identificar os movimentos que realizam quando há alterações de tendência. Este conjunto de figuras gráficas são minuciosamente estudadas, de forma a tentar identificar a evolução futura das cotações com um factor de risco determinado. É uma técnica muito conhecida e que goza de prestígio junto da grande maioria dos investidores, sobretudo num horizonte de curto prazo.

Análise SWOT – Estudo de avaliação do posicionamento de uma empresa face à sua envolvente interna e externa, sendo a primeira componente analisada com base nos seus pontos fortes (Strengths) e fracos (Weaknesses), e a segunda componente analisada com base nas oportunidades (Opportunities) e ameaças (Threats) do mercado onde actua.

Análise Técnica – Conjunto de técnicas e indicadores que procuram predizer as cotações da Bolsa com base na sua perspectiva histórica, tendo em conta outras variáveis como o volume de compras, cotação das últimas sessões, evolução das cotações em períodos mais longos, capitalização bolsista, estudos de tendência de preço, etc. Neste tipo de análise, avalia-se a existência da oferta e da procura, apoiada na construção de gráficos históricos de evolução das cotações, mas também em técnicas analíticas que permitem algum grau de previsão em relação às oscilações do título em Bolsa. Pode fazer-se análise técnica para acções, câmbios, futuros, opções, etc.).

Analista Gráfico (chartista) – Analista técnico que estuda os padrões gráficos de acções, obrigações e preços de mercadorias, no sentido de emitir recomendações de compra ou venda a clientes. Este tipo de analistas acreditam que a análise contínua de padrões de trading é uma importante ajuda para a previsão de movimentos de preços futuros.

Ano Financeiro – Período no qual as empresas procedem à elaboração das suas contas. O ano financeiro pode, no entanto, não corresponder ao ano civil para efeitos contabilísticos. Em Portugal, verifica-se a coincidência entre ano financeiro e ano civil (entre 01.01 e 31.12). Existem outros países em que o ano financeiro/fiscal termina a 31.03 (ex: EUA).

Anuidade – Chama-se anuidade ao montante monetário a pagar ou a receber, cuja periodicidade para o acerto de contas é o ano.

Ao par – Expressão relativa à cotação de um título (acção ou obrigação), quando aquela é igual ao valor nominal do mesmo. Também se diz que uma obrigação foi emitida ao par quando o seu valor de subscrição é igual ao seu valor nominal.

Aplicação de resultados – Repartição dos resultados anuais de uma empresa, pelas respectivas rubricas de capital. Estas podem ser reservas legais (5% dos resultados positivos anuais de forma obrigatória), estatutárias, contratuais e livres. Os resultados podem também ser distribuídos aos accionistas sob a forma de dividendos, repartidos pelos trabalhadores a título de bónus ou manterem-se em resultados transitados. No caso de existirem prejuízos, estes poderão, por exemplo, ser cobertos por reservas.

Aplicações de risco – Aplicações em activos de rendimento variável que, à partida, não garantem nenhum rendimento mínimo, nem asseguram o retorno do capital investido. Ao capital de risco está sempre associado um certo grau de incerteza. Em compensação, no caso de sucesso da aplicação, a sua rendibilidade poderá ser muitíssimo superior à das aplicações de capital em activos mais conservadores (de menor risco e de baixa- mas garantida – rendibilidade – é o caso dos certificados de aforro e dos depósitos a prazo nos bancos). Encontram-se na categoria de capital de risco as aplicações em acções, as participações de capital em empresas e os financiamentos e investimentos no apoio a novas empresas ou a sectores da actividade económica de vanguarda, com o objectivo de obtenção de um elevado retorno desses investimentos.

Apreciar – Valorizar, aumentar o preço, por exemplo, quando a cotação de uma acção sobe, diz-se que ela se apreciou.

Aquisição – Obtenção do controlo de uma determinada empresa concretizada pela compra da maioria do seu capital ou de parte do mesmo, desde que neste último caso, exista uma efectiva detenção de direitos de voto suficientes para exercer esse controlo.

Arbitragem – Consiste na venda/compra de valores mobiliários numa praça financeira e na sua aquisição/venda simultânea numa outra, de forma a aproveitar a diferença de cotação existente entre ambas as praças. O conceito teórico de arbitragem implica a inexistência de risco nesta estratégia, bem como a ausência de qualquer capital próprio envolvido. Na prática, é natural e possível que determinadas operações de arbitragem incorporem algum risco (embora muito reduzido) e envolvam algum capital próprio.

Área de acumulação – Intervalo de variação das cotações de um título em que os compradores vão acumulando acções de uma empresa. Estas zonas são detectadas normalmente, pela criação de suportes abaixo do qual as cotações não descem. O indicador On-Balance Volume é muito utilizado para confirmação deste tipo de análise.

Área de congestão – Consiste numa série de dias de negociação em que uma determinada cotação não regista progressos relevantes, nem no sentido da subida, nem no sentido da descida.

Ask (Vendedor) – Preço correspondente ao melhor vendedor. É o preço a que o vendedor está disposto a negociar para transaccionar as suas acções em carteira. Representa assim o preço que teremos de pagar para comprar uma determinada acção.

Assembleia-geral extraordinária – Reunião, não prevista na lei, dos accionistas de uma sociedade para debaterem os temas que considerem oportunos.

Assembleia-geral ordinária – Assembleia que deve celebrar-se uma vez por ano e que tem um conteúdo mínimo legal referente à prestação de contas anuais e à distribuição dos resultados. Deve celebrar-se nos seis primeiros meses do ano.

At-the-Money – Situação em que o preço de exercício de uma opção é igual ao preço corrente do activo de base ou subjacente. Significa que se a opção ou warrant fosse exercida de imediato produziria um lucro nulo.

Auditoria externa – Actividade desempenhada por uma entidade independente e externa à empresa, cuja tarefa consiste em verificar as suas demonstrações financeiras, executando todos os testes e averiguações que entenda necessários, para que estas reflictam a verdadeira situação patrimonial da empresa.

Aumento de capital – Operação de reforço do capital social de uma sociedade através da entrada de fundos fornecidos pelos seus sócios ou accionistas. O aumento de capital pode, ainda, realizar-se por entrada de novos sócios ou accionistas na empresa. Outra forma de aumento o capital social é mediante a incorporação de reservas da sociedade ou, ainda, por conversão de obrigações convertíveis (warrants), caso tenham sido emitidas pela instituição.

Auto financiamento – Financiamento com recurso a capitais gerados pela própria empresa no decurso da sua actividade, isto é, através dos resultados líquidos obtidos. O auto financiamento evita o recurso a capitais alheios, onerosos, bem como, o recurso a incrementos de capital por parte dos seus sócios ou accionistas de modo a poupar o esforço financeiro dos mesmos. O inconveniente desta estratégia é a distribuição dos lucros aos detentores de capital ser mais reduzida (menor remuneração do capital).

Aval – Garantia dada por uma terceira pessoa ou entidade ao credor de um crédito concedido. Quando se tratam de créditos bancários, o aval é, geralmente, uma garantia pessoal representada pela assinatura do garante no documento que titula a dívida. Mas existem outras situações como os casos em que o Estado dá o seu aval à emissão de um empréstimo obrigacionista. A entidade que dá o aval denomina-se de avalista.

Aval bancário – Garantia prestada por um banco para uma dívida contraída por uma determinada empresa.

Avalista – Pessoa que assume o compromisso de pagar a quantia em dívida, caso o devedor não efectue o pagamento das prestações devidas. Torna-se exigível logo que o devedor deixe de cumprir com uma prestação.

Baixa – Diz-se que o mercado ou que um título se encontra em baixa, após um movimento de descida das suas cotações no mercado, ou quando se atinge um valor mínimo absoluto ou relativo dos seus preços na bolsa.

Balança de Pagamentos – Registo contabilístico de todas as transacções económicas entre os residentes de um País e o exterior (incluindo as transacções de bens e serviços, transferências financeiras, empréstimos e investimentos).

Balança de Transacções Correntes – Saldo do fluxo de bens e serviços, bem como de transferências unilaterais (principalmente as remessas de emigrantes, no caso português) entre um dado País e os restantes.

Balanço – Documento contabilístico que retracta a posição financeira de uma empresa num determinado momento, listando os bens e os direitos (o activo), por um lado, e as obrigações da empresa perante terceiros (o passivo), por outro, Reflecte a equação “Activo=Passivo+Situação Líquida ou Capital Próprio”.

Balanço consolidado – Balanço de um Grupo de empresas vinculadas por razões de filiação e no qual se expressam as relações com terceiros estranhos a esse grupo. Tem uma importância especial para efeitos de se conhecer a potência financeira do grupo, assim como o tipo de associação entre as várias empresas.

Banca – Nome vulgarmente atribuído para designar o conjunto dos bancos do sistema financeiro de um país ou de um determinado território.

Banca privada – Conjunto dos bancos de capitais maioritariamente privados, do sistema financeiro.

Bancário – Que pertence ao sector de actividade económica da banca. Também se chama bancário a um indivíduo que trabalha no sector da banca.

Banco – Instituição cuja actividade consiste na realização de operações financeiras e na prestação de serviços financeiros, dos quais, os mais comuns são a concessão de crédito e o recebimento de depósitos dos clientes, que remunera.

Banco central – Banco, geralmente público (quando tem capitais privados não deixa de ser tutelado pelo Estado), responsável pelo regulamento e supervisão da actividade financeira de um país. A acção do banco central estende-se a vários domínios do sistema financeiro tais como a política monetária (intervindo no mecanismo de fixação das taxas de juro e controlando a massa monetária e o crédito de um país, sendo igualmente responsável pela emissão de moeda), a política cambial (intervenção activa na formação dos câmbios diários) e a divulgação de estatísticas e de estudos económicos. Pode também estabelecer e vigiar o cumprimento das regras de funcionamento aplicáveis a todas as empresas do sistema financeiro, na sua actividade. O banco central tem, ainda, a seu cargo, a gestão das reservas económicas do país. Em Portugal, o banco central é o Banco de Portugal e pertence ao domínio público.

Banco comercial – Bancos especializados de forma genérica, na admissão de depósitos e concessão de créditos de prazos diferentes.

Banco de investimento – Instituição financeira que desenvolve a sua actividade sobretudo na organização e tomada firme de emissões de títulos e no aconselhamento de empresas e particulares, relativamente aos seus problemas e necessidades na área financeira.

Banda – Intervalo entre duas cotações. Uma banda tem dois limites de cotações: um limite máximo que é o topo da banda e um nível mínimo que é o seu fundo.

Bandeira – Formação de continuação de tendência. Aparece geralmente a meio de um movimento rápido de subida ou descida. Por norma são figuras de formação rápida, não demorando geralmente mais de 3-4 semanas a formar-se. O volume deverá decrescer à medida que se forma e deverá aumentar após quebra.

Banqueiro – É o dono de um banco ou o gestor do negócio bancário.

Base – É a diferença entre o preço de um contrato de futuros e o preço spot (à vista) do respectivo activo subjacente.

Base de incidência – Valor que serve de base a um determinado cálculo. Por exemplo, quando um rendimento é tributado a uma taxa de 10%, a base de incidência para o seu cálculo é o valor do rendimento ao qual se aplica a referida taxa para que se chegue à importância do imposto a pagar.

Bear – Pessoa com uma previsão pessimista sobre os mercados. Contrasta com a posição do Bull.

Bear Market – Nome que se dá ao mercado quando os preços se encontram em baixa. Mercado em depressão ou em descida. Tendência de queda generalizada das cotações, relativamente prolongada, reflectindo o sentimento de pessimismo dos investidores.

Bearish – Termo inglês para designar uma tendência de desvalorização dos preços num determinado mercado financeiro. Na Bolsa, diz-se que o mercado está bearish quando as cotações da generalidade das acções estão em queda. Reflecte portanto, um sentimento de pessimismo relativamente à evolução de um mercado bolsista.

Benchmarking – Processo contínuo de avaliação e comparação do nível de desempenho das melhores empresas do mercado, com o objectivo final de obter melhorias de desempenho. Este tipo de análise utiliza a concorrência como termo comparativo, podendo também utilizar empresas ligadas a outros sectores de actividade.

Best-efforts underwriting – Tomada não-garantida de uma emissão de títulos por parte de um intermediário financeiro, que se compromete perante o emitente apenas a desenvolver os melhores esforços com vista à colocação da emissão no mercado.

Beta – Medida da sensibilidade do preço de um título face aos movimentos do conjunto do mercado. É a medida do risco sistemático de um título.

Bid (Comprador) – Preço correspondente ao melhor comprador. É o preço que o comprador está disposto a pagar para deter uma determinada acção em carteira. Representa assim o preço obtido caso queiramos vender de imediato uma acção.

Bilhetes do Tesouro – Títulos de dívida de curto prazo emitidos pelo Estado, geralmente a descontam, com maturidade de 91, 182 e 364 dias.

Blue Chips – Empresas com boa notoriedade e dimensão, com um longo historial de resultados positivos estáveis e com uma política consistente de distribuição de dividendos. As blue chips caracterizam-se ainda por apresentarem elevada liquidez em Bolsa.

Boletim de cotações – Publicação oficial de cada Bolsa, com o fim de dar a máxima publicidade a todas as circunstâncias que se refiram directa ou indirectamente à negociação em Bolsa.). As empresas são obrigadas a publicar neste boletim, todos os factos relevantes para a sua actividade, nomeadamente anúncios de assembleias-gerais, distribuição de dividendos, comunicados oficiais, etc.

Bolsa de Mercadorias (Commodities Exchange) – Mercado organizado onde se compram e vendem mercadorias (commodities). Destacam-se produtos como os metais (cobre, zinco, estanho, alumínio, níquel), cereais (trigo, milho, aveia, soja, óleo de soja, farinha de soja), produtos industriais (açúcar, café, cacau, borracha, algodão), e outros produtos diversos (ouro, prata, petróleo, platina, paládio). Este mercado inclui também um mercado de futuros, onde se definem preços futuros para determinadas mercadorias, controlando assim o risco de variação de preços. Os maiores mercados de derivados são o CME (Chicago Mercantile Exchange) e o CBOT (Chicago Board of Trade).

Bolsa de valores – Praça ou mercado onde se transaccionam valores mobiliários, tais como acções, obrigações, futuros, opções, etc. É o local físico onde os intermediários financeiros (corretores) fazem o encontro das ordens de compra com as ordens de venda dos investidores.

Bolsa regional – Mercado bolsista cuja fronteira é um determinado território do país. Quando um país tem várias bolsas que transaccionam os mesmos bens, então, esses mercados são bolsas regionais. Podem ser também bolsas especializadas que transaccionam produtos característicos de certas regiões.

Bookbuilding – Sistema de venda de valores mobiliários por oferta pública que fixa um preço máximo e um preço mínimo para as ordens de compra dos investidores. O processo permite adequar o preço final da transacção às condições de procura efectivamente registadas.

Boom – Termo inglês que traduz um crescimento súbito muito acentuado. Diz-se que houve um boom nas acções quando os seus preços aumentaram rapidamente para valores muito acima dos anteriores, acompanhados de aumento do volume de transacções.

Bottom Fisher – Investidor permanentemente atento a acções que se encontrem a fazer mínimos anuais ou históricos, na expectativa de uma possível inversão de tendência.

Brainstorming – Método colectivo que visa a geração de um conjunto de novas ideias através da participação em grupo. Este método baseia-se no pressuposto de que um grupo consegue gerar mais e melhores ideias do que um único indivíduo sozinho.

Branding – Diferenciação de um bem ou serviço através da atribuição de um nome ou marca indicativa, que representa para o consumidor um determinado nível de qualidade e garantia.

Breadth (fôlego) – Percentagem de acções que participam num determinado movimento de mercado. Os analistas consideram que uma adequada contribuição para esse movimento (diário ou não) e verá ser sempre superior a dois terços das acções listadas numa determinada Bolsa.

Break-even point – Ponto crítico em que as receitas de uma empresa igualam os seus custos (fixos e variáveis), ou seja, representa o ponto a partir do qual a empresa começará a evidenciar lucros.

Breakout – Ponto em que a cotação de um título cruza uma linha de tendência (ou um canal) com volume. Este cruzamento tanto pode ser no sentido ascendente, como no sentido descendente.

Broker – Palavra inglesa que significa intermediário especializado na compra e venda de uma determinada categoria de bens, geralmente aplicações financeiras tais como acções, em mercado próprio, cobrando, por esse efeito, uma comissão que geralmente representa uma percentagem do montante de cada negócio efectuado. É alguém que faz da sua profissão a compra e venda, por conta de terceiros (os seus clientes), de bens num mercado onde possui uma posição privilegiada. Um broker é um corretor e também faz o serviço de aconselhamento ao cliente.

Bull – Pessoa com uma previsão optimista sobre os mercados. Contrasta com a posição do Bear.

Bull Market – Nome que se dá ao mercado quando os preços se encontram em alta. Mercado em ascensão ou em euforia. Tendência de subida generalizada das cotações, relativamente prolongada, reflectindo o sentimento optimista dos investidores.

Bullish – Termo inglês para designar uma tendência de valorização dos preços num determinado mercado financeiro. Na Bolsa, diz-se que o mercado está bullish quando as cotações da generalidade das acções estão em fase de crescimento.

Buyers market – Diz-se quando o mercado está favorável aos compradores. Mercado para compradores.

Cabaz – Um conjunto de acções, normalmente de um determinado sector, que é utilizado como activo subjacente para uma emissão de Warrants.

Cadeia de valor – Modelo organizacional desenvolvido por Michael Porter baseado num conjunto de actividades desenvolvidas pela empresa (ex: desde a Investigação e Desenvolvimento de um produto até ao serviço pós-venda). A empresa deve avaliar a sua actividade, aferindo qual a sua eficácia e eficiência dentro desta cadeia de valor. Existem cinco categorias genéricas dentro de uma organização: logística interna, operações, logística externa, marketing e vendas e serviço ao cliente.

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) – São instituições de crédito de natureza bancária que possuem um estatuto próprio, não podendo praticar todo o tipo de operações bancárias mas, somente, as mais tradicionais. Destinam-se essencialmente a promover e apoiar o investimento no sector agrícola.

Caixa Económica – Instituição de crédito semelhante aos bancos associada ou pertencente a uma associação mutualista beneficente, de carácter social. Não tem accionistas e nem fins lucrativos. As caixas económicas possuem um estatuto legal próprio e exercem uma actividade bancária restrita pois algumas operações bancárias estão-lhes vedadas por lei. Assim, captam essencialmente poupanças de particulares sob a forma de depósitos e que aplicam na concessão de empréstimos hipotecários e sobre penhores e na aquisição de títulos. Em Portugal, existem seis (informação de 2000): a Caixa Económica Montepio Geral, a Caixa Económica de Ponta Delgada, a Caixa Económica de Angra do Heroísmo, a Caixa Económica do Porto, a Caixa Económica Social e a Caixa Económica da Ass. Soc. M. dos Empregados no Comércio de Lisboa. São todas instituições de natureza bancária de reduzida dimensão, com excepção da C. E.. do Montepio Geral.

Call – Termo de origem inglesa geralmente utilizado para designar uma opção de compra, embora também possa designar uma compra qualquer de um produto ou serviço.

Call Warrant – Produto financeiro que atribui ao seu titular, o direito de adquirir um determinado número de acções, a um preço definido e numa determinada data. Na prática, representa uma call option em que o activo subjacente são acções e destina-se aos investidores que têm uma expectativa positiva em relação à evolução do activo. Os warrants podem estar associados a obrigações ou podem ser autónomos e são produtos cotados no 1º mercado e transaccionáveis (ainda apresentam liquidez reduzida).

Câmara de Compensação (Clearing House) – Num mercado organizado de futuros e opções, assegura o cumprimento de todos os contratos, eliminando assim o risco de crédito. Para tal, interpõe-se entre o comprador e o vendedor, comprando a quem vende e vendendo a quem compra. Os direitos e deveres do comprador e vendedor passam para a esfera da Câmara, que assim garante o cumprimento do contrato, independentemente de a contraparte a cumprir ou não.

Canal – Utilizado na análise gráfica, consiste em traçar duas linhas paralelas a interligar uma série de cotações mais baixas ou uma série de cotações mais altas. Os canais podem ser ascendentes, descendentes ou laterais.

Capital – Recurso financeiro necessário ao investimento. O capital pode ser próprio, quando pertence à entidade investidora, ou alheio, quando esta se financia junto de um terceiro. No último caso existe, quase sempre, um custo implícito: os juros a pagar pelo financiamento.

Capital Asset Pricing Model (CAPM) – Modelo que estuda a relação entre risco esperado e rentabilidade esperada. O modelo baseia-se na teoria que os investidores exigem maior rentabilidade para assumirem maiores riscos. Afirma que a rentabilidade de um activo resulta da soma de uma taxa de juro sem risco com um prémio de risco.

Capital circulante – São os bens de consumo da empresa no decurso da sua actividade produtiva, tais como, as matérias-primas, os bens armazenáveis adquiridos ou produzidos pela sociedade, a energia eléctrica, etc.

Capital de risco – Investimento necessário para início de uma actividade com elevado potencial de crescimento. Normalmente, este tipo de capital é assegurado por uma entidade externa especializada e acontece mais frequentemente na fase de arranque da empresa. Existem várias formas de capital de risco, como as sociedades de Venture Capital ou os Business Angels.

Capital Permanente – Constituído pela soma do passivo de médio e longo prazo com os capitais próprios de uma empresa, incluindo as acções preferenciais.

Capital social – São os fundos fornecidos pelos sócios ou accionistas da sociedade para o desempenho da sua actividade. Estes recursos financeiros são, normalmente, em dinheiro embora também o possam ser em espécie (entrada de bens) se forem cumpridas as condições legalmente estabelecidas para esse efeito. O capital social tem carácter de permanência na empresa.

Capitalização Bolsista – Valor de mercado dos Capitais Próprios de uma empresa cotada em Bolsa (caso todas as acções representativas do capital social estejam admitidas à cotação). É determinado pelo produto da cotação corrente das acções com o número de acções admitidas à cotação.

Carteira eficiente – Carteira de títulos que oferece o menor risco (desvio-padrão) para uma dada rendibilidade esperada e a maior rendibilidade esperada para um dado nível de risco.

Cash – Dinheiro em numerário (notas ou moedas) ou activos facilmente transformáveis em numerário.

Cash and carry – Compra de um título e venda simultânea de um contrato futuro, sendo o respectivo saldo financiado por um empréstimo ou por fundos obtidos através de acordos de recompra.

Cash Cow – Negócio ou empresa que gera uma continuidade de cash-flows ao longo do tempo. Este tipo de negócio apresenta normalmente marca bem estabelecidas no mercado, cuja familiaridade estimula a compra repetida por parte dos consumidores.

Cash flow – É um indicador financeiro que mede os fundos gerados por uma empresa ao longo de um determinado exercício. Distingue-se dos lucros pelo facto de incorporar, para além do resultado do exercício, as provisões e amortizações.

Cash Settlement – Diferença entre o preço de exercício e o preço de mercado do activo subjacente, sendo que esta diferença é paga em dinheiro quando a opção/warrant é exercida.

Certificado de Depósito (CD) – Certificado emitido por um Banco, representativo de um depósito, existindo um mercado secundário próprio para a transacção deste tipo de títulos.

Chief Executive Officer (CEO) – O principal responsável pelas actividades de uma determinada empresa. Habitualmente, CEO é o título também atribuído ao Presidente do Conselho de Administração de uma empresa.

Chief Financial Officer (CFO) – O principal responsável pelas actividades ligadas à área financeira de uma determinada empresa. Habitualmente, CFO é o título também atribuído ao Director Financeiro de uma empresa.

Ciclo de vida do produto – Conceito que descreve a evolução da vida de um produto de acordo com quatro fases distintas: introdução, crescimento, maturidade e declínio.

Climax de compra – Rápida subida das cotações, que define o cenário para uma queda posterior abrupta. Uma subida destas atrai um conjunto potencial de compradores para a acção, criando um forte desequilibro, dado que a preços ainda mais altos, não haverá vendedores a quem entregar as acções acabadas de comprar. Isto dá origem à queda abrupta, à medida que estes novos compradores se vão desfazendo das acções.

Cobertura cruzada – Cobertura de risco relativa a uma posição num dado activo, através de um contrato de futuros sobre um activo similar, mas, no entanto, diferente.

Coeficiente Beta – Medida de volatilidade de uma acção relativamente ao mercado. Revela o grau de influência das variações globais do mercado na evolução da cotação dessa acção ou carteira de acções, medindo assim o seu risco sistemático. Se, por exemplo, o índice do mercado apresentar um crescimento de 10%, a cotação de uma acção cujo Beta seja de 0.5, aumentará 5%. Acção cujo Beta seja superior a 1 diz-se volátil e com Beta inferior a 1, pouco volátil ou defensiva.

Coeficiente de correlação – Medida estatística para descrever o grau (e o sentido) da relação entre o movimento de duas variáveis, que oscila entre -1 e +1. Quando o valor é -1, a correlação diz-se negativa perfeita, sendo positiva perfeita quando o valor é +1. Quanto maior for o valor absoluto deste coeficiente, maior é o grau de associação entre duas variáveis. Se o valor for positivo, as variáveis movimentam-se no mesmo sentido. Se for negativo, movimentam-se em sentidos opostos.

Collar – Limite superior e inferior da taxa de juro de uma emissão de títulos com taxa variável.

Comercial – Que se pode comercializar ou trocar por dinheiro; habitualmente, também se chama comercial a uma pessoa que trabalha na área comercial ou de marketing.

Comercialização – Acto de comercializar ou de fazer comércio, transaccionar um bem, trocar um activo por dinheiro.

Comércio – Negócio que consiste na compra e venda de produtos ou mercadorias, troca de bens por dinheiro.

Comissão Bancária – Remuneração cobrada pelas instituições de crédito, quando estas actuam como intermediários financeiros.

Comissão de gestão – Comissão cobrada pela sociedade gestora de um fundo de investimento como contrapartida dos seus serviços de gestão.

Comissão de Resgate – Valores cobrados no momento do resgate/venda de títulos ou unidades de participação de fundos de investimento e incide sobre o valor total do investimento. Normalmente, quanto maior o tempo de permanência, menor é a comissão de resgate.

Comissão de Subscrição – Valores cobrados no momento da aquisição de títulos ou unidades de participação de fundos de investimento. A sua existência influencia o prazo das aplicações, dado que obrigam a uma maior permanência do investimento, para que o seu efeito se dilua com o passar do tempo.

Commodity – Mercadoria ou bem económico. Expressão atribuída a bens transaccionáveis como produtos agro-pecuários e recursos naturais.

Concentração sectorial – Domínio de um determinado mercado (ex: 80% da quota de mercado) por parte de um reduzido número de empresas (ex: 20% das empresas do sector), sendo este grau de concentração medido com base nas suas quotas de mercado. Normalmente, a concentração excessiva conduz a situações de monopólio, havendo leis definidas pelos Estados que colocam limites a essas situações.

Consolidação – Criação de uma nova empresa em resultado da fusão de duas anteriormente existentes. A consolidação é um fenómeno de concentração empresarial.

Consolidação de contas – Processo contabilístico que permite a agregação das contas de todas as empresas do mesmo grupo dentro de uma mesma realidade comum, ou seja, reflectidas num mesmo Balanço e Demonstração de Resultados, normalmente referidos como documentos consolidados.

Consórcio – Grupo de empresas ligadas entre si através de diversas participações financeiras.

Consumer Discritionary – Todos os segmentos que produzem e vendem para o consumidor final, mais sensíveis às mudanças de ciclos económicos. No segmento industrial, produtos duradouros para habitação, indústria automóvel, vestuário, têxteis e equipamento de lazer. No segmento de serviços inclui hotelaria e restauração, produção e serviços média, educação e serviços de consumo.

Consumer Staples – São menos sensíveis aos ciclos económicos, incluindo todas as empresas que produzem ou vendem para o consumidor final. Empresas produtoras e distribuidoras alimentares, de bebidas e tabaqueiras.

Conta Margem – Crédito que permite a um investidor a compra ou a venda de valores mobiliários, efectuada com recursos financeiros emprestados por corretores que se encontrem legal e estatutariamente autorizados a conceder esses financiamentos.

Contas a pagar – Correspondem aos débitos comerciais de uma empresa, ou seja, os valores não titulados em dívida a fornecedores.

Contas a receber – Correspondem aos créditos comerciais de uma empresa, ou seja, os valores não titulados a receber de clientes.

Contrato de futuros – Contrato padronizado, reversível, de compra e venda de uma dada quantidade e qualidade de um bem, ou de um serviço, num local e numa data futura específica, a um preço fixado no presente.

Contrato de opção – Contrato normalizado pelo qual o comprador adquire o direito de comprar (opção de compra ou call) ou de vender (opção de venda ou put) uma quantidade específica de um determinado bem ou instrumento financeiro a um preço fixado (preço de exercício), numa data (data de expiração) determinada (opções de estilo europeu), ou durante o período que até ela decorra (opções de estilo americano), pagando, por isso, um dado preço (prémio). O vendedor assume a obrigação de vender ou comprar o referido activo, nas condições definidas, no caso de o comprador decidir exercer o seu direito.

Controller – Responsável pela gestão orçamental, contabilidade e auditoria interna de uma empresa.

Convergência – Tendência de aproximação entre o preço spot (à vista) de um activo e o preço do respectivo contrato de futuros à medida que a maturidade do futuro se aproxima.

Conversão – Troca de um título por outro (s) diferente (s) de acordo com regras definidas quando da emissão do primeiro.

Conversão de passivos – Substituição de um passivo existente pela emissão de uma nova dívida.

Core business – Negócio central de uma determinada empresa, que constitui a sua actividade principal e no qual deve concentrar todos os seus esforços. Todas as outras tarefas de âmbito secundário devem ser delegadas a terceiros, nomeadamente através do recurso ao “outsourcing”.

Correcção – Reacção do mercado a um determinado preço/cotação, resultando esta situação normalmente numa correcção ou ajuste.

Corretagem (de bolsa) – É a comissão cobrada pelo intermediário financeiro (corretor), aos seus clientes, pelas transacções (compras e vendas) que estes efectuam no mercado da bolsa, por seu intermédio. Normalmente, essa comissão é função do montante da transacção, sendo uma percentagem do volume do negócio realizado.

Corretor (Broker) – Indivíduo ou entidade que compra ou vende títulos por conta de outrem, cobrando uma comissão por esse serviço. Possui clientes particulares e institucionais.

Cotação – Preço de um valor mobiliário formado no mercado bolsista pela interacção da oferta e da procura. A cotação de um título corresponde ao valor em que procura e a oferta se encontram, em cada momento, dando origem a transacções.

Cotação ajustada – Preço de um valor mobiliário formado no mercado bolsista, expurgado das variações resultantes de aumentos de capital, distribuição de dividendos, alterações do valor nominal e agregações. Só as séries de cotações ajustadas permitem analisar a evolução das cotações das acções de uma empresa ao longo do tempo.

Cotação de fecho (close) – Para cada valor mobiliário, é o preço a que se efectuou a última transacção numa determinada sessão de Bolsa.

Covered Warrant – Warrant sobre acções, emitido por um Banco, com base nos títulos em circulação de uma empresa. Os Warrants clássicos sobre acções são emitidos pela própria empresa e atribuem ao seu titular o direito de subscrever acções que serão emitidas no futuro. Normalmente, estes tipos de warrants surgem nos mercados indexados a uma obrigação.

Crash – Queda precipitada nas cotações, resultante de quebras na actividade económica e/ou na confiança dos investidores, após períodos de elevadas subidas nas mesmas. O crash de 1929 e a segunda-feira negra; de 1987 nos EUA são exemplos deste tipo de fenómeno.

Credores preferenciais – O Estado, em primeiro lugar, seguido dos detentores de acções e obrigações preferenciais, em segundo lugar, apresentam prioridade sobre os restantes detentores de acções ordinárias, no caso de uma liquidação de empresa e havendo insuficiência de activos para pagamento das dívidas existentes (passivo).

Cupão – Montante periódico de juros pago pelo emitente de uma obrigação durante a vida útil de um empréstimo obrigacionista. Título representativo do direito que um determinado investidor tem a receber juros de obrigações. Existe um cupão para cada vencimento de juros que será entregue na data de vencimento, em troca do respectivo juro.

Curto (short) – Termo que se utiliza para quem está vendido, isto é, quando o vendedor vende um título a descoberto, ou seja, que não possuía na sua carteira, ficando com uma posição curta. Este tipo de transacções tem regulamento próprio nas bolsas de valores, permitindo a especulação quando as expectativas são de descida das cotações dos títulos. Posteriormente, o vendedor terá obrigatoriamente de comprar o título vendido procurando fazê-lo a um preço mais baixo para o devolver a quem lhe o emprestou e que lhe permitiu efectuar a venda inicial (a “descoberto”). A estas operações de bolsa, que possibilitam ganhar dinheiro com os mercados em queda, também se dá o nome de “short selling”.

Curto prazo – O conceito de curto prazo é atribuído, na generalidade, a um prazo até 1 ano.

Curva de rendimento (yield curve) – Gráfico que representa “curva” da rendibilidade (dada pelas taxas de juro) de um determinado investimento, ao longo do tempo, desde o início da aplicação até à sua maturidade.

Curva de Rendimento Invertida – Ocorre quando as taxas de juro de curto prazo são maiores do que as de longo prazo. Uma curva de rendimento invertida é geralmente um sinal de aumento de inflação acompanhada por níveis baixos de confiança na economia.

Custo – Os custos são as despesas que a empresa tem de suportar para o exercício da sua actividade tais como os custos com o pessoal, electricidade, rendas, seguros, impostos, as compras, etc. Estes podem ser fixos ou variáveis.

Custo de Capital – Taxa de rendibilidade que se obteria num investimento alternativo de risco equivalente. Pode ser calculado através da média ponderada dos custos da dívida (passivo) e dos capitais próprios.

Custo de oportunidade – Taxa de rendimento da melhor alternativa de investimento disponível, ou o mais alto rendimento que não será ganho se os fundos forem investidos num projecto ou título específico.

Custo Fixo – Custo de uma empresa que não varia proporcionalmente com o volume de produção. Por exemplo, são custos fixos, as rendas, uma avença, os ordenados do pessoal efectivo, etc.

Custo variável – Custo de uma empresa que varia em função do seu volume de actividade. São, por exemplo, os custos das matérias-primas adquiridas, de energia eléctrica, etc.

Earnings Yield – Rácio entre os lucros por acção de uma empresa e a sua cotação. É o inverso do Price Earnings Ratio.

EBIT – Earnings before interest and taxes, ou seja, lucros antes de encargos financeiros e impostos.

Economias de Escala – Situação de uma empresa quando consegue obter acréscimos na produção através de aumentos menos do que proporcionais nos factores de produção.

Economias de Gama (scope) – Situação de uma empresa em que existe a possibilidade de produzir múltiplos produtos com menos custos em conjunto do que separadamente.

Efeito de Alavancagem – Efeito que se produz enquanto o custo do capital é inferior à rendibilidade dos capitais próprios de uma empresa. Esse efeito persistirá enquanto se conseguir aumentar a rendibilidade dos capitais próprios pelo incremento do endividamento da empresa (capitais alheios).

Efeito de Diluição – Efeito de redução do valor de cada acção de uma empresa cotada quando esta emita novas acções por incorporação de reservas ou por venda a um preço inferior ao actual preço de mercado.

Efeito Janeiro – Situação detectada por estudos académicos em diversos mercados nacionais de acções, em que o mês de Janeiro apresenta uma rendibilidade muito superior à dos restantes meses do ano.

Emissão – Criação e oferta de valores mobiliários no mercado financeiro, muitas vezes, como forma de obtenção de fundos para a entidade emitente.

Emissão com subscrição reservada – Emissão de títulos exclusivamente reservada aos accionistas actuais da empresa emitente.

Emissão pública – Emissão de novos títulos oferecida a todos os investidores.

Emitente – Instituição financeira que emite um determinado valor mobiliário, como o Warrant.

Empreender – Criar empresa, criar negócio; ter ideias com vista à produção de bens ou serviços e concretizá-las.

Empreendimento – Pode ser uma empresa. No entanto, habitualmente, o termo empreendimento é utilizado para designar construção.

Empresa – Conjunto de recursos de capital, humanos e tecnológicos organizados com vista ao exercício de uma determinada actividade económica com fins lucrativos.

Empresa associada – Empresa detida por outra empresa numa percentagem superior a 25% do seu capital social.

Empresa privada – Empresas cujo capital é detido maioritariamente por agentes económicos privados, e cujo objectivo final de actividade é a realização de lucros.

Encargo – São os custos que se têm de suportar, por exemplo, os juros de um empréstimo contraído; despesas que as empresas têm de pagar para o exercício da sua actividade.

Encargo financeiro – Juros a pagar em virtude de uma dívida contraída.

Encerrar/Fechar um contrato (offset ou closing-out) – Realizar uma operação de sentido inverso à que deu origem ao contrato (de futuros ou de opções), comprando um contrato da mesma série de um originariamente vendido, ou vendendo um da mesa série de um originariamente comprado.

Entrega Física – Quando uma opção ou warrant é exercida e o investidor aceita receber (call) ou entregar (put) o activo subjacente em troca do pagamento (call) ou recebimento (put) do respectivo preço de exercício.

EPS – Lucros totais de uma empresa a dividir pelo número total de acções emitidas pela mesma.

Escritural – Um valor mobiliário diz-se escritural quando é desmaterializado, isto é, sem qualquer representação física, sendo apenas registado na conta de um intermediário financeiro acreditado na Central de Valores Mobiliários (CVM).

Especulação – Tomada de risco na perspectiva da obtenção de ganhos, embora com o reconhecimento de que existe uma probabilidade elevada de realização de perdas. A especulação difere de investimento porque tem um risco associado superior.

Estilos das Opções – As opções distinguem-se em opções de estilo europeu e opções de estilo americano (ver Contrato de opção).

Estratégia de ‘buy and hold’ – Baseia-se na acumulação de acções ao longo dos anos. Isto permite a um investidor beneficiar de importantes reduções fiscais na tributação dos lucros, requerendo também um dispêndio de tempo muito menor para acompanhamento desses investimentos, ao contrário do que acontece com uma estratégia de trading mais activa.

Estrutura de capital – Forma como é financiada a totalidade dos activos de uma empresa (capitais próprios versus dívida, curto prazo versus longo prazo).

Euro-obrigações – Obrigações comercializadas no mercado internacional.

Euroclear – Sistema central computorizado de liquidação física e financeira das transacções das eurobonds e outros títulos internacionais. Encontra-se sediado em Bruxelas.

Eurodollar – Depósito denominado em dólares num banco localizado fora dos EUA.

Euronote – Também por vezes designado de Eurocommercial paper, é um instrumento financeiro de curto prazo, sem instituições de tomada firme, emitido por governos e grandes empresas e vendido internacionalmente. Distingue-se do papel comercial dos EUA sobretudo pela sua maior maturidade e maior rotação no mercado secundário.

Evolução Aleatória (Random Walk) – Termo que implica a não existência de um padrão de evolução concreto. Os últimos acontecimentos ou eventos não podem ser utilizados para predizer quer a dimensão quer a direcção dos acontecimentos ou eventos futuros.

Ex-direitos – Expressão que indica que uma acção é negociada já sem o direito de subscrição/incorporação atribuído no âmbito de uma operação de aumento de capital.

Ex-dividendos – Expressão que indica que uma acção é negociada já sem o direito ao recebimento do dividendo previamente anunciado. A data do Ex-dividendo, é aquela a partir da qual o direito ao recebimento do dividendo da acção de uma determinada empresa deixa de existir, com o novo comprador a já não ter direito a ele. A data do ex-dividendo é três dias úteis antes da data efectiva de pagamento do dividendo por parte da empresa, aos seus accionistas.

Exercício (Exercise) – Acto pelo qual o comprador de uma opção faz uso do seu direito de comprar ou vender o activo subjacente.

Exercício Automático – O detentor do warrant recebe o valor intrínseco de forma automática, sem que tenha que desencadear nenhuma acção específica na data de vencimento. Esta condição vem estabelecida nos termos contratuais do warrant associado.

Exercício de um Warrant – Um warrant é exercido, se o seu titular (comprador do warrant) exerce o direito inerente à opção sobre o emitente (vendedor da opção).

Existências – São, essencialmente, os bens armazenáveis adquiridos ou produzidos pela empresa e que as destinam à transformação, à venda ou, ao consumo.

Exposição económica – Impacto das alterações nas taxas de câmbio no valor de mercado de uma empresa, ou seja, nos seus cash-flows.

Factoring – Actividade de uma instituição financeira especializada na compra de créditos que diversas empresas detêm sobre os respectivos clientes e respectiva cobrança, assumindo o risco de incumprimento pelos devedores.

Falência técnica – Quando o passivo de uma empresa é superior ao seu activo e esta não apresenta capacidade para cumprir com as suas obrigações.

FASB (Financial Accounting Standards Board) – Comissão normativa de contabilidade financeira dos EUA.

FED (Federal Reserve Bank) – A Reserva Federal Norte-Americana é o Banco Central dos EUA, o equivalente americano do Banco Central Europeu, sendo responsável pelas decisões de política económica e monetária (fixação das taxas de juro) nos EUA.

Federal Funds – Depósitos não remunerados dos bancos americanos no Federal Reserve. As reservas excedentárias são emprestadas pelos bancos entre si.

Fiador – Pessoa responsável pelo pagamento da dívida, caso o beneficiário desse crédito não cumpra com as suas obrigações. Só se torna exigível depois do Banco credor ter tentado de todas as formas, obter a cobrança junto do devedor.

FIFO (First in, first out) – Método de avaliação de existências numa empresa, considerando-se que as primeiras a serem utilizadas são as que chegaram primeiro, para efeitos da respectiva contabilização.

Fiscalidade – Sistema de leis e de regulamentação administrativa que organiza a cobrança de impostos dentro de um país.

Floor – Limite inferior da taxa de juro de um título emitido a taxa variável.

Flutuação – Movimento de alta e de baixa das cotações de um determinado título ou mercado.

Forex (Foreign Exchange) – Mercado cambial.

Forward (contrato a prazo) – Acordo entre duas partes em transaccionar um determinado activo (acção, obrigação, moeda, mercadoria) numa data futura a um preço pré-definido. Distingue-se de um contrato de futuros por não ser tipificado (em termos de quantidades e maturidades), por não ser objecto de transacção em Bolsa e por não implicar uma movimentação financeira diária consoante as variações de preço (mark-to-market).

Forward Rate Agreement (FRA) – Acordo financeiro visando um empréstimo a iniciar numa data futura, sendo a taxa de juro fixada no momento presente.

Free Cash-flow – Fundos libertados por uma empresa antes de qualquer decisão de carácter financeiro. Quantifica o total de fundos gerados, após impostos, que a empresa tem à sua disposição para remunerar credores e accionistas.

Free-float – Quantidade de acções “livres”. O free-float pode definir-se como a percentagem do capital social que se encontra disperso em bolsa (nas mão de accionistas minoritários), relativo a uma determinada empresa admitida à cotação nesse mercado.

Funding – Custos de financiamento de uma empresa. São os custos que uma empresa tem de suportar em resultado do seu endividamento ou passivo remunerado.

Fundo de Capitalização – Fundo de investimento mobiliário cujo objectivo prioritário é a obtenção de mais-valias de longo prazo.

Fundo de Investimento – Património constituído por recursos aplicados pelos seus membros ou participantes. Esses recursos podem ser compostos por valores mobiliários ou por valores imobiliários ou, pelos dois. Geralmente, o património dos fundos de investimento está dividido em unidades de participação pertencentes aos seus subscritores dando, cada uma, direito à propriedade de uma parte do seu património. Os fundos de investimento não possuem personalidade jurídica donde, é sempre uma outra entidade que faz a gestão do seu património, geralmente, um banco ou uma sociedade gestora de fundos de investimento.

Fundo de investimento imobiliário (FII) – Fundo de investimento cujo património é constituído, essencialmente, por bens imóveis.

Fundo de Investimento Misto – Fundo de investimento cujo património é constituído quer por valores mobiliários (títulos e depósitos), quer por bens imóveis.

Fundo de Investimento Mobiliário (FIM) – Fundo de investimento cujo património é constituído por valores mobiliários, tais como títulos (acções, obrigações, …) e depósitos.

Fundo de Maneio – Diferença entre os activos circulantes e o passivo de curto prazo de uma empresa.

Fundo-Indice – Fundo de investimento cuja carteira de títulos constitui uma réplica do portfolio representado por um índice de acções.

Fusão – Processo de criação de uma nova empresa que consiste na agregação de duas ou mais empresas distintas.

Fusão em Conglomerado – Fusão entre duas empresas de sectores económicos distintos e não relacionados.

Fusão Horizontal – Fusão entre duas empresas que produzem produtos similares.

Fusão Vertical – Fusão entre um fornecedor e o seu cliente.

Futuro – Contrato padronizado, reversível, de compra e venda de uma dada quantidade e qualidade de um bem, ou de um serviço, num local e numa data futura específica, a um preço fixado no presente.

G-5 – Conjunto de cinco países (Estados Unidos, Japão, Alemanha, França e Reino Unido) que se reúne periodicamente para desenvolver uma maior coordenação nas suas políticas macroeconómicas e assim potenciar uma maior estabilidade económica e política a nível internacional.

G-7 – Conjunto de sete países, formado pelos membros do G-5 e ainda pelo Canadá e Itália, que se reúne periodicamente com os mesmos objectivos do G-5.

Gamma – Indicador que mede a variação do Delta por cada unidade de variação do activo subjacente. O Gamma é máximo quando o warrant está at-the-money.

Gap – Dia de negociação em que o intervalo de negociação verificado (range) se encontra totalmente acima ou abaixo do range verificado no dia anterior, deixando assim um espaço que normalmente, mais cedo ou mais tarde, tende a ser preenchido. Exemplo: Quando uma acção encerra a 10 e no dia seguinte reabre a 12, encerrando no final desse dia, por exemplo, a 13, diz-se que a sua cotação fez (ou abriu) um gap entre 10 e 12.

Gap de Activos – Palavra de origem inglesa para designar a dimensão da diferença. Numa instituição de crédito, o gap mede a diferença entre os activos sensíveis às taxas de juro, isto é, cuja remuneração varia em proporção directa com as taxas de juro e os passivos sensíveis às taxas de juro.

Gestão Activa de Carteiras – Tipo de gestão de investimentos financeiros que pretende a obtenção de rendimentos mais do que proporcionais em relação ao risco respectivo, com base em previsões sobre as tendências dos mercados ou pela detecção de ineficiências temporárias em certos títulos ou segmentos de mercado.

Globalização – Tendência para a tomada de decisões económicas, quer de consumo, quer de investimento, com base numa perspectiva mundial, incrementando de modo significativo as inter-relações entre mercados nacionais.

Golden Share – Acções detidas pelo Estado numa empresa pública, objecto de uma privatização total ou parcial, que lhe conferem direitos particulares e disposições estatutárias especiais, que normalmente incidem sobre decisões de carácter estratégico para a empresa (ex: fusões, aquisições e alteração dos estatutos).

Goodwill – Valor não físico ou intangível e por isso contabilizado à parte, que expressa o valor da empresa para além do seu valor contabilístico ou do valor de venda dos seus activos, líquidos do seu passivo. O goodwill também se pode definir como a capacidade ou a potencialidade da empresa em gerar lucros.

Gráficos de Velas (Candlesticks) – Método gráfico originalmente desenvolvido no Japão e designado por “candlesticks” ou velas. Estas são desenhadas de acordo com um conjunto de regras. O valor máximo e mínimo de uma cotação num dia é descrito como uma sombra e desenhado como uma linha simples. O intervalo de preços entre a abertura e o fecho é desenhado como um rectângulo sobreposto à linha simples previamente traçada. Se o preço de fecho for superior ao preço de abertura, o corpo da vela será branco. Se o preço de fecho for inferior ao preço de abertura, o corpo da vela é negro.

Greenshoe – Cláusula contratual, que numa operação de emissão de acções, atribui ao sindicato de colocação a opção de compra de um lote adicional de acções da sociedade emitente para satisfazer um eventual excesso de procura.

Guarda de títulos – Quando um investidor adquire um título, este fica à guarda da instituição onde o comprou. Por este serviço, existem instituições que cobram uma comissão periódica ao cliente, chamada de custódia ou guarda de títulos.

Head & Shoulder – Formação típica de inversão de tendência. Caracteriza-se por ser constituída por uma cabeça e dois ombros. A base dos ombros é unida pela neckline. O volume deverá decrescer à medida que se forma. Esta formação costuma aparecer no final de uma tendência forte. A projecção para o fim do movimento é dada pela distância entre a cabeça e a neckline, projectada desde o ponto de quebra.

Hedger – Investidor que executa uma operação de cobertura de risco.

Hedging – Técnica ou estratégia de cobertura de risco, utilizada pelos gestores, que visa a protecção de uma determinada posição (actual ou futura) num activo (moeda, obrigação, acção, mercadoria), contrato (de futuros ou opções) ou índice em relação ao risco de perda do seu valor.

Holding – Sociedade que detém uma elevada posição accionista sobre outra empresa (que pode atingir os 100%, embora não necessariamente), possuindo desse modo o controlo efectivo desta última. Estas sociedades têm como objectivo a aquisição e a posse de acções (ou quotas) de outras empresas (geralmente participações maioritárias de capital ou de direitos de voto), exercendo o controlo da sua gestão.

Imobilizações corpóreas – Aplicações tangíveis de carácter permanente, de uma empresa, como por exemplo, terrenos, edifícios e equipamento, etc. Rubrica do activo do balanço.

Imobilizações incorpóreas – Aplicações intangíveis de carácter permanente, de uma empresa, tais como despesas de instalação, despesas de investigação e desenvolvimento, trespasse, etc. Rubrica do activo do balanço.

Imposto – Prestação obrigatória em dinheiro, sem contrapartida imediata, sobre o rendimento das pessoas e que é exigida pelo Estado, visando a cobertura de um conjunto de despesas de interesse geral e nacional.

Imposto Directo – Imposto que incide sobre os rendimentos obtidos pelos contribuintes através de uma matéria colectável directamente determinada (IRS, por ex.).

Imposto Indirecto – Imposto que incide sobre os rendimentos utilizados, através de uma matéria colectável indirectamente determinada (IVA, imposto de selo, por ex.).

Imunização – Técnica que procura eliminar a sensibilidade de uma carteira de obrigações ao risco de reinvestimento durante um determinado período de tempo.

In-the-Money – Situação em que o preço de exercício de uma opção ou warrant se situa abaixo (call) ou acima (put) do preço corrente do activo de base.

Indicador de Momento (Momentum) – Indicador de mercado que utiliza as cotações e volumes para prever a força ou fraqueza de um mercado ou acção ou quaisquer outras condições de sobre compra (overbought) ou sobre venda (oversold), no sentido de detectar pontos de viragem ou divergências.

Indicadores económicos – Estatísticas chave que nos mostram a direcção e tendência de uma determinada economia. Entre estes encontram-se a taxa de desemprego, a taxa de inflação, a utilização da capacidade produtiva e a balança comercial.

Índice – Medida estatística de mudanças num mercado específico para acompanhar um determinado grupo de títulos ou uma bolsa de valores durante um certo período. Mede também o estado geral e a performance de um mercado financeiro ou de uma economia.

Índice de Preços no Consumidor (IPC) – Índice que mede a inflação, o IPC traduz o preço de um cabaz de mercadorias de modo a estabelecer a tendência dos preços de uma economia.

Índice PSI20 – Índice Bolsista que reúne as 20 acções mais representativas e com maior capitalização e liquidez entre as empresas cotadas na Bolsa de Lisboa.

Inflação – Taxa de crescimento do nível geral de preços de um país ou região.

Informação assimétrica – Situação em que uma das partes envolvidas numa transacção possui mais e/ou melhor informação relevante do que a outra.

Informação privilegiada (inside information) – Conhecimento de informações relativas a uma empresa e não disponibilizadas ao público em geral.

Inside day – O intervalo diário (range) das cotações do dia corrente encontra-se totalmente contido no intervalo diário das cotações do dia anterior.

Inside Trading – Transacções efectuadas com base em informação privilegiada por indivíduos detentores desse tipo de informação.

Insider – São as pessoas que por terem uma posição privilegiada em empresas ou acesso a meios de obtenção de informação confidencial (não disponibilizada ao público em geral), se servem disso para obterem lucros no mercado de valores mobiliários. A CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários) proíbe essa prática.

Instituição de crédito – Instituição financeira que concede crédito a empresas, particulares e outros agentes económicos. São exemplos de instituições de crédito, os bancos, as sociedades de leasing, de factoring, sociedades financeiras de corretagem, sociedades financeiras de aquisição a crédito…

Integração horizontal – Criação de parcerias e/ou aquisição de empresas dentro do mesmo mercado/sector, visando um aumento de dimensão (quota de mercado) e aproveitando eventuais economias de escala.

Integração vertical – Criação de parcerias estratégicas ou concretização de aquisições, a montante ou a jusante do negócio principal da empresa. Na prática, visa o controlo de toda a cadeia de produção, criando assim fortes barreiras aos novos potenciais concorrentes.

Intermediação – Realização de operações financeiras através de uma instituição intermediária

Intervalo diário (range) – Diferença entre a cotação máxima e a cotação mínima relativas a um determinado dia de negociação.

Investidor Institucional – Instituições financeiras que investem no mercado de capitais. Consideram-se institucionais, o Estado, as instituições públicas, as instituições financeiras (bancos, caixas económicas, etc.), as seguradoras, os fundos de investimento e de pensões, e outros que investem no mercado de capitais comprando e vendendo valores mobiliários em grandes quantidades.

Investimento – Acto ou efeito de investir; aplicação de capital. O investimento pode ser num negócio, em empresas, em títulos, em imóveis, em arte, etc.

Investimentos Financeiros – Aplicações de capital, de carácter permanente, em imóveis, em activos financeiros: partes de capital, empréstimos a empresas do grupo e associadas, títulos, etc. Rubrica do activo do balanço, do Plano Oficial de Contas (POC).

Investir – Em sentido económico, é fazer uma aplicação de capital com o objectivo de obter um retorno

Joint Venture – Forma de associação de empresas juridicamente independentes que colocam um conjunto de recursos em comum, para entrada em projectos de grande envergadura.

Junk Bonds (obrigações especulativas) – Obrigações de elevada probabilidade de incumprimento e por isso, de alto risco e com elevadas taxas de juro, que tiveram grande sucesso nos anos 80, por muitos acreditarem que a sua rendibilidade mais do que compensava o forte risco associado. Vários estudos realizados posteriormente tendem a mostrar que tal não era, em geral, a realidade.

Juro composto – Adição dos juros vencidos ao capital inicial, para produção de juros ainda maiores no futuro.

Juro Corrido – Juro acumulado entre a data de pagamento do cupão mais recente e a data de venda de uma obrigação. No momento da transacção, o comprador paga o preço da obrigação mais o juro corrido, que se calcula multiplicando o juro diário líquido do empréstimo pelo número de dias passados desde o último pagamento de juros.

Juro simples – Juros calculados somente com base no capital inicial.

Juros Antecipados – Pagamento de juros feito no início do período de contagem dos mesmos.

Juros Postecipados – Pagamento de juros feito no final do período de contagem dos mesmos.

LBO (Leverage buyout) – Aquisição de uma empresa essencialmente através do recurso a fundos alheios, normalmente por parte de um grupo em que se incluem alguns dos gestores da empresa-alvo.

Lead underwriter (líder na tomada firme) – Instituição financeira que lidera a tomada firme de uma emissão de títulos.

Lease – Contrato de locação financeira.

Letra – Documento que representa a exigência de um pagamento.

LIBOR (London Interbank Offered Rate) – Corresponde à taxa praticada no mercado de Londres, pelos principais bancos, para remuneração dos seus depósitos.

LIFO (Last in, first out) – Método de avaliação de existências numa empresa, considerando-se que as primeiras a serem utilizadas são as que chegarem em último lugar, para efeitos da respectiva contabilização.

Linha de avanços e recuos (advance-decline line) – Em cada dia, subtraem-se o número de títulos que registam descidas ao número de títulos que registam subidas. A diferença, sendo positiva, é adicionada a um valor acumulado, e sendo negativa, é subtraída a esse mesmo valor acumulado.

Linha de crédito – Acordo pelo qual um banco se compromete a conceder um determinado empréstimo a uma empresa, até um certo limite e em qualquer momento.

Linha de tendência – Linha que une dois máximos (linha de tendência superior) ou dois mínimos (linha de tendência inferior) e que é um guia para a tendência das cotações. Num determinado período temporal. Uma quebra da mesma indica uma mudança de tendência de mercado, para uma outra direcção.

Liquidação – Termo que designa a conclusão de uma transacção, quando se procede à entrega do bem/activo financeiro transaccionado (liquidação física) e ao respectivo pagamento (liquidação financeira). Actualmente, as transacções realizadas na BVL são liquidadas três dias úteis após a realização da transacção.

Liquidação diária de perdas e ganhos – Ver Ajuste diário de perdas e ganhos.

Liquidez – Possibilidade de converter rapidamente um determinado activo em moeda corrente sem que haja uma perda significativa no valor. Na bolsa, é o nível de transacção registado habitualmente por um título. Diz-se que uma acção é líquida quando é transaccionada no mercado em quantidades importantes e com elevada frequência. Para um investidor ter na sua carteira uma acção líquida significa que poderá facilmente transformá-la em dinheiro.

LIBOR – Média aritmética simples das taxas de oferta de fundos divulgadas diariamente por um conjunto de bancos nacionais, sendo retiradas do cálculo as duas mais altas e as duas mais baixas. Actualmente, a Libor é calculada para os prazos de 1, 3, 6 e 12 meses e tem sido o indexante mais utilizado em empréstimos a taxa variável.

Listing – Admissão dos títulos de uma empresa à cotação numa Bolsa de valores.

Locador – Sociedade de locação financeira ou leasing.

Locatário – Entidade que usufrui dos bens objecto de um contrato de locação financeira.

Longo – Termo que representa a posse de um título. Quando um investidor está comprado num determinado título, diz-se que está longo ou que tem uma posição longa nesse título. O investidor que está longo obtém mais-valias se o preço desse activo subir.

Longo Prazo – O conceito de longo prazo é atribuído, na generalidade, a um prazo superior a três anos.

Lucros por Acção (Earnings per Share) – Lucros totais de uma empresa a dividir pelo número total de acções emitidas pela mesma. Também é conhecido por EPS.

Lucros Retidos – Lucros de uma empresa que não são distribuídos como dividendos aos accionistas.

Lucros Supranormais – Lucros de uma empresa que excedem o nível médio de lucros obtidos pela concorrência.

MACD (Moving Average Convergence/Divergence) – A linha MACD é a diferença entre uma média móvel exponencial de curto prazo e uma de longo prazo. A linha de alerta (signal line) consiste numa média móvel exponencial gerada a partir da própria linha MACD. Os sinais são gerados a partir da relação existente entre a linha MACD e a linha de alerta. Eventuais divergências entre o MACD e as cotações podem indicar uma possível reversão de tendência.

Macroeconomia – Termo utilizado na literatura económica moderna para definir uma abordagem da análise económica desenvolvida com base no estudo de quantidades globais ou de agregados.

Mais-Valia – Diferença positiva entre o preço de venda de um activo e o seu preço de compra. Quando essa diferença é negativa, designa-se por menos-valia.

Margem de Contribuição – Valor das vendas líquido dos custos variáveis.

Margem de Manutenção – Valor mínimo de fundos (dinheiro ou activos) depositados num corretor, que o detentor de uma posição num contrato de futuros tem de ter a qualquer momento. Esse valor é líquido de eventuais perdas diárias acumuladas. Quando, por efeito das variações dos preços de mercado, o valor líquido do depósito se torna inferior à margem de manutenção, o investidor é obrigado a repor o depósito ao nível da margem inicial.

Margem de Segurança de Tesouraria – Número de dias que uma empresa consegue financiar a sua actividade operacional sem recorrer a recebimentos adicionais.

Margens – Montante de garantias exigidas pela câmara de compensação, que têm por função a cobertura dos riscos que esta assume ao garantir o cumprimento dos contratos.

Mark to Market – Ver ajuste diário de perdas e ganhos.

Market Maker – Membro dos mercados de futuros e opções que tem por função específica assegurar liquidez para os contratos relativamente aos quais se compromete a actuar nessa qualidade.

Market Maker de Warrants – Entidade emitente que, em qualquer altura, negoceia Warrants, estando disposto a comprar ao preço de compra (bid) e a vender ao preço de venda (ask). A diferença entre o bid e o ask é designada de Margem (spread).

Market Outperform – Recomendação dada pelos analistas a uma acção que se espera venha a registar uma performance superior à do mercado.

Market Perform – Recomendação dada pelos analistas a uma acção que se espera venha a registar uma performance idêntica à do mercado.

Market Underperform – Recomendação dada pelos analistas a uma acção que esperam venha a registar uma performance abaixo do mercado.

Maturidade – Prazo de vencimento de um título ou de um derivado.

Maturidade – Momento de amortização de uma obrigação.

MBI (Management buy-in) – Tomada do controlo de uma empresa, através da aquisição de acções da mesma, por parte de uma nova gestão apoiada num conjunto de investidores fora da estrutura accionista no momento anterior à operação. O MBI nasce da convicção, por parte dos seus promotores, de que a gestão e os resultados da empresa-alvo podem ser substancialmente melhorados.

MBO (Management buy-out) – Tomada do controlo de uma empresa, através da compra de um número significativo das suas acções, por parte de um grupo de gestores da própria empresa. Normalmente, o financiamento da operação de aquisição é essencialmente realizado com capitais alheios. O MBO resulta do pressuposto de que a empresa será gerida com maior eficiência com a nova situação accionista.

Média Móvel – Fórmula matemática que permite alisar ou eliminar as flutuações nas cotações e volumes das acções, fazendo com que haja menos “ruído” na interpretação diária dos dados. A média móvel mostra assim de forma mais perceptível o sentido da tendência de uma.

Médio prazo – O conceito de médio prazo é atribuído, na generalidade, a um prazo que medeia entre um e três anos.

Meios monetários – Meios líquidos de pagamento que servem para a realização de trocas comerciais; dinheiro; notas e moedas.

Membro compensador – Membro do mercado de futuros cujas funções consistem na liquidação e compensação das operações naquele realizadas. Em vários mercados, podem igualmente exercer funções de negociação.

Membro negociador – Membro dos mercados de derivados cuja função consiste na realização de operações por conta própria e/ou de terceiros.

Mercado à vista (a contado ou Spot) – Mercado no qual as transacções são concretizadas no pressuposto da sua imediata ou quase imediata liquidação.

Mercado de balcão (OTC – Over The Counter) – Mercado aberto para títulos não cotados em Bolsa, permitindo às empresas de menor dimensão, a transacção dos seus títulos a custos substancialmente inferiores. Diz-se que um título foi transaccionado no mercado de balcão, quando é transaccionado fora da bolsa de valores. Não é, portanto, um mercado organizado onde se faz o encontro entre a procura e a oferta, mas sim um conjunto de encontros particulares. É um mercado virtual, dado que todas as transacções são feitas apenas por telefone ou informaticamente.

Mercado de Capitais – Mercado financeiro de títulos de médio e longo prazo.

Mercado eficiente – Mercado em que toda a nova informação é imediatamente incorporada nos preços dos activos transaccionados.

Mercado Monetário Interbancário (MMI) – Mercado informal entre bancos que realizam entre si operações à vista e a prazo (geralmente curto prazo). Os bancos com liquidez excedentária momentânea cedem fundos a uma taxa a acordar aos bancos que se encontram em situação inversa.

Mercado organizado – Diz-se que uma transacção é efectuada num mercado organizado quando é feita numa bolsa de valores oficial.

Mercado primário – Mercado destinado à emissão e colocação de novos valores mobiliários, no mercado de capitais. O mercado diz-se primário quando o produto da venda reverte a favor da entidade emitente.

Mercado secundário – Mercado onde se transaccionam entre investidores particulares e institucionais os valores mobiliários criados no mercado primário. Integram o mercado secundário, os mercados de bolsa, o mercado de balcão e os mercados especiais.

Microeconomia – Termo utilizado na literatura económica para caracterizar a abordagem da análise económica baseada no estudo do comportamento das unidades individuais (empresa, consumidor, etc.).

Modelo Black-Scholes – Modelo matemático desenvolvido em 1973, pelos professores Black e Scholes, para cálculo do preço de uma opção ou warrant. Foi-lhes atribuído o Prémio Nobel da Economia em 1997, como reconhecimento pelo seu trabalho na área da avaliação de opções.

Momento do Mercado – Serve para designar o momento em que se deve tomar a decisão de sair totalmente do mercado durante um declínio económico ou de investir quando de dá a recuperação da economia.

Monopólio – Situação de mercado em que existe apenas um produtor para um determinado bem ou serviço, assegurando portanto uma situação dominante na comercialização desse mesmo bem ou serviço.

Neckline – Também conhecida como linha de pescoço. É a linha que une a base dos ombros numa formação em Head and Shoulder. Uma quebra da mesma propicia uma situação de continuação de tendência.

Negociação em Contínuo – Sistema no qual as ordens de compra e venda, para cada valor mobiliário, são susceptíveis de interferir entre si em qualquer momento da sessão de bolsa, gerando transacções e dando origem a um número indeterminado de cotações diárias.

Negociação por Chamada – Sistema no qual todas as ordens de compra e venda, para cada valor mobiliário, são objecto de tratamento conjunto em um ou mais momentos pré-determinados da sessão de bolsa, gerando transacções e dando origem a um número limitado de cotações diárias.

Negócio – Troca ou transacção, com fins lucrativos.

Neutral – Expressão relativa a uma opinião sobre a tendência de evolução futura do mercado que não é optimista nem pessimista.

Nicho de mercado – Pequeno segmento de mercado constituído por um conjunto de consumidores com um perfil homogéneo e perfeitamente identificável.

Obrigação de cupão zero – Obrigação que não paga juros periódicos, sendo vendida a um preço abaixo do par, de forma a proporcionar aos investidores uma compensação sob a forma de valorização do capital em detrimento do recebimento regular de juros.

Obrigações – Valores mobiliários representativos de dívida de médio e longo prazo de uma qualquer entidade em relação a terceiros, que tipicamente conferem ao seu titularem o direito a recebimentos periódicos de juros durante a vida útil do empréstimo e ao reembolso do capital na data de maturidade do empréstimo.

Obrigações de taxa fixa – Obrigações em que o pagamento de juros é calculado de acordo com uma taxa previamente definida (taxa fixa).

Obrigações de taxa variável – Obrigações em que o pagamento de juros é calculado de acordo com uma taxa indexada a uma taxa variável de mercado (ex: Euribor ou Libor).

Oferta Pública de Aquisição (OPA) – Proposta de aquisição lançada por um oferente (pessoa singular ou colectiva), em determinadas condições, de um conjunto de valores mobiliários (acções, obrigações, etc.) detidos pelos respectivos destinatários da oferta (titulares dos valores mobiliários em causa).

Oferta Pública de Troca (OPT) – Operação de Bolsa que consiste numa proposta de troca de acções sugerida por uma sociedade cotada A aos accionistas de uma sociedade B, no sentido de assegurar a aquisição desta última.

Oferta Pública de Venda (OPV) – Lançamento por uma dada entidade (oferente) de uma proposta de venda, em determinadas condições, de um conjunto de valores mobiliários, destinada a um universo de pessoas (destinatários da oferta). Esta venda visa, em geral, a obtenção de uma dispersão mínima de capital, que lhe permita a admissão à cotação numa bolsa de valores.

Opção – Contrato normalizado pelo qual o comprador adquire o direito de comprar (opção de compra ou call) ou de vender (opção de venda ou put) uma quantidade específica de um determinado bem ou instrumento financeiro a um preço fixado (preço de exercício), numa data (data de expiração) determinada (opções de estilo europeu), ou durante o período que até ela decorra (opções de estilo americano), pagando, por isso, um dado preço (prémio). O vendedor assume a obrigação de vender ou comprar o referido activo, nas condições definidas, no caso de o comprador decidir exercer o seu direito.

Opção de compra (Call option) – Direito de comprar o activo subjacente, objecto do contrato, a um preço fixado (preço de exercício).

Opção de estilo americano (American Option) – Opção que pode ser exercida pelo comprador em qualquer altura até à expiração (maturidade).

Opção de estilo europeu (European Option) – Opção que pode ser exercida apenas na data de expiração (maturidade).

Opção de venda (Put option) – Direito de vender o activo subjacente, objecto do contrato, a um preço fixado (preço de exercício).

Opção Exótica – Warrant cujo activo subjacente, preço de exercício, cálculo do valor intrínseco ou prazo de vencimento não é estandardizado, factor este que o distingue dos warrants convencionais. Exemplos de opções exóticas: Warrants look-back, chooser, reset, capped, digital, ranges e knock-out.

Opções OTC – Opções não titularizadas, também designadas Opções Over-the-counter. Os termos e condições para este tipo de opções OTC são acordados individualmente entre as partes envolvidas na transacção.

Open Interest – Número de contratos de opções ou futuros em aberto no mercado, ou seja, ainda não exercidos ou fechados.

Operação de bolsa – Geralmente, chama-se operação de bolsa a uma transacção no mercado. Uma compra ou uma venda constituem operações de bolsa.

Operação de Redesconto – Operação de concessão de um empréstimo por parte de um Banco Central a um banco comercial, para resolver situações de dificuldades de tesouraria. Esse empréstimo é remunerado à designada taxa de desconto.

Orçamento (Budget) – Plano em que se quantificam as projecções para os custos e proveitos de uma empresa, a ocorrer num dado período futuro.

Ordem ao melhor – Operação de compra ou venda de títulos efectuada com base na melhor cotação possível naquele momento preciso.

Ordem com limite – Ordem de Bolsa, na qual se põe um limite à cotação, máxima, se trata de compras, ou mínima, se trata de vendas.

Ordem de bolsa – Quando um investidor pretende fazer uma compra ou uma venda de um título, em bolsa, é necessário dar ao intermediário financeiro uma ordem na qual tem de designar a espécie do título, a quantidade, o preço a pagar por unidade e o prazo de validade da ordem. Se for uma ordem de compra, o preço indicado é o preço máximo a que está disposto a comprar esse título, se tratar de uma venda, é o preço mínimo a que está disposto a vender.

Ordem não-fraccionável – Ordem de compra ou venda de um título ou de um contrato, mediante o qual o corretor é instruído para efectuar ou a totalidade da quantidade desejada ou nada, embora não necessariamente a um único preço.

Ordem não-fraccionável e ao mesmo preço – Ordem de compra ou venda de um título ou de um contrato, mediante o qual o corretor é instruído para efectuar ou a totalidade da quantidade desejada a um mesmo preço, ou nada.

Oscilador de Chaikin – Oscilador que resulta da subtracção entre uma média móvel exponencial (MME) de 10 dias e uma MME de 3 dias, traçadas sobre a linha de acumulação/distribuição.

Oscilador Estocástico (Stochastic Oscillator) – Variável estatística que se baseia na posição de uma determinada cotação de fecho em comparação com os máximos e mínimos dessa mesma cotação num período de tempo determinado (normalmente 5 sessões). Este indicador move-se entre 0 e 100 e mediante o cruzamento da linha do oscilador (K) com a sua média móvel de 3 sessões (%K), são gerados sinais de compra ou de venda. A fórmula do Estocástico é dada por: S.O. = 100 x (Cotação – Mínimo) / (Máximo – Mínimo).

Out-of-the-Money – Situação em que o preço de exercício de uma opção ou warrant se situa acima (call) ou abaixo (put) do preço corrente do activo de base. Uma opção out-of-the-money perde todo o seu valor na data de vencimento.

PSI20 – Índice de acções que agrupa os 20 títulos mais líquidos do mercado português.

Padronização – Pré-fixação de todas as características dos contratos de futuros e de opções por parte da entidade gestora do mercado, com excepção do preço dos futuros e do prémio das opções, que são resultantes dos normais mecanismos de mercado (equilíbrio entre oferta e procura).

Papel Comercial – Valores monetários representativos de dívida de curto prazo (até 1 ano) emitidos por empresas sólidas e habitualmente vendidos a desconto.

Paridade da taxa de juro – Teoria que defende que o diferencial entre a taxa de câmbio a prazo e a taxa de câmbio à vista é igual ao diferencial entre as taxas de juro nos mercados interno e externo.

Participação cruzada – Acções que cada uma de duas empresas detém no capital da outra. Isto é, considerando uma empresa A e uma empresa B, existe uma participação cruzada entre ambas quando A tem acções de B (A tem uma participação no capital social de B) e, por sua vez, B também detém acções de A (B também possui uma participação no capital social de A).

Passivo – Corresponde às obrigações assumidas por uma empresa relativamente aos seus credores, sobre a forma de dívidas a pagar.

Passivo a médio e longo prazo – Dívidas contraídas por uma empresa que se vencem por prazos superiores a um ano.

Passivo de curto prazo – Também designado de Passivo Circulante. Representa todas as dívidas que, em princípio, devem ser reembolsadas num prazo máximo de um ano.

Passivo de financiamento – Dívidas relacionadas com a obtenção de recursos financeiros. Normalmente, estes passivos são de médio e longo prazo. Como exemplo, temos as dívidas a entidades bancárias e empréstimos obrigacionistas.

Passivo de funcionamento – Dívidas originadas por operações correntes de exploração. Como exemplo, temos as dívidas a fornecedores, ao Estado e a outros credores.

Património – Conjunto de bens e direitos e obrigações, actuais e futuros, que uma determinada entidade (singular ou colectiva) possui.

Payout Ratio – Percentagem dos lucros que a empresa distribui pelos seus accionistas sob a forma de dividendos.

Penhor – Direitos de um credor sobre determinados activos.

PER – Ver price earnings ratio.

Perda do valor temporal (warrant) – Variação no preço de um warrant em consequência do passar do tempo até ao seu vencimento. A redução do valor temporal é representada pela letra grega Theta.

Período de recuperação (Payback period) – Período de tempo necessário para recuperação de um determinado investimento inicial.

Perpetuidade – Investimento que gera uma corrente perpétua de fluxos de tesouraria.

Personalização do contrato – Adequação de todas as cláusulas contratuais à vontade das partes contratantes.

Plow Back – Percentagem dos lucros que a empresa retém para investimento, ou seja, é o inverso do payout ratio.

Política de dividendos – Decisão ao nível de uma empresa sobre a proporção dos resultados líquidos apurados num determinado período que devem ser distribuídos aos accionistas sob a forma de dividendos em lugar de reinvestidos na actividade da empresa.

Ponto Base (Basis point) – Menor medida de rendibilidade. Um ponto base corresponde a 0.01%.

Ponto de Equilíbrio (warrant) – Corresponde ao valor do activo subjacente, em que o investidor não perde nem ganha. Para os call warrants, tal ponto de equilíbrio é igual ao preço de exercício acrescido do preço pago pelo warrant. No caso dos put warrants, o ponto de equilíbrio é igual ao preço de exercício menos o preço pago pelo warrant.

Portfolio (carteira) – Conjunto diversificado de activos detido por um investidor particular ou institucional. O objectivo da constituição de um portfolio (carteira) é a redução do risco específico pela diversificação.

Posições Abertas (Open Interest) – O número de total de contratos em aberto, também designado de posições abertas de um futuro ou opção. Representa os contratos que ainda não foram exercidos, fechados ou que ainda não expiraram. Esta variável também é frequentemente utilizada como indicador.

Pré-abertura mercado – Período de tempo (até 1 hora antes) em que os compradores e vendedores estabelecem as suas condições para comprar e/ou vender.

Preço de Abertura (Open) – O preço correspondente ao primeiro negócio de uma sessão. Ao analisar informação diária, o Open é importante pois reflecte o preço de consenso do mercado desde o fecho do dia anterior e até a esse momento.

Preço de compra (bid) – O preço a que um investidor informa estar disposto a comprar um determinado título, opção ou contrato de futuros.

Preço de exercício (Strike price ou exercise price) – Preço ao qual a opção pode ser exercida e o activo subjacente comprado ou vendido.

Preço de Fecho (Close) – O último preço a que um título transaccionou durante uma sessão. Devido à sua importância, o Close é muito utilizado nas análises. A relação entre o Open e o Close é considerada muito importante por grande parte dos analistas técnicos. Esta relação é sobretudo visível a nível dos gráficos de velas (Candlesticks).

Preço de futuro – Preço fixado num contrato de futuros.

Preço de venda (ask) – O preço a que um investidor informa estar disposto a receber pela venda de um determinado título, opção ou contrato de futuros.

Preço do Warrant – Preço de compra de um Warrant e que é composto pelo seu valor intrínseco e pelo seu valor temporal.

Preço Máximo (High) – O preço mais alto a que um determinado título transaccionou num determinado dia. Reflecte o ponto em que começam a aparecer mais vendedores do que compradores (o High representa o máximo preço que os compradores estiveram dispostos a pagar para deter essa acção em carteira).

Preço médio – É a média dos valores de compra ou de venda de um determinado bem, ponderado pelas respectivas quantidades adquiridas ou alienadas.

Preço Mínimo (Low) – O preço mais baixo a que um determinado título transaccionou num determinado dia. Reflecte o ponto em que começam a aparecer mais compradores do que vendedores (o Low representa o mínimo preço que os vendedores estiveram dispostos a vender uma determinada acção da sua carteira).

Preço Spot (Spot price) – Preço de uma transacção no mercado à vista (spot).

Preço Teórico Opção (ou Warrant) – Cálculo puramente técnico (ou teórico) em relação ao preço correcto de uma opção ou warrant. Constitui uma importante referência para uma correcta decisão de investimento neste tipo de produtos. Tal cálculo pode ser efectuado recorrendo a modelos matemáticos de avaliação, nomeadamente o modelo Black-Scholes. Se o preço do warrant se encontra abaixo do seu preço teórico considera-se que o warrant está subavaliado e se encontra acima, está sobreavaliado.

Prémio (Premium) – Preço da opção, ou seja, a importância que o comprador de uma opção paga ao vendedor da mesma; também se diz que um activo está a prémio quando se encontra cotado ou avaliado acima do seu valor intrínseco (sobreavaliado) ou acima do seu valor de emissão (acima do par). Na situação inversa, diz-se que está a desconto.

Prémio Warrant – Diferença entre o preço actual do activo subjacente e o ponto de equilíbrio do warrant (break-even). Este prémio é expresso em percentagem.

Prestações suplementares de capital – São fundos fornecidos pelos sócios ou accionistas de uma empresa que constituem um reforço dos capitais próprios da sociedade. São entradas de dinheiro que, no entanto, têm um carácter menos permanente que o capital social.

Price Book Value (PBV) – O PBV é um rácio obtido através da divisão da cotação de uma acção pelo seu valor contabilístico. O valor contabilístico é, por sua vez, o resultado da divisão da situação líquida da empresa pelo número de acções emitidas. Quanto maior é o PBV, maior é o afastamento entre a cotação de mercado e o valor contabilístico e menor será, em teoria, a perspectiva de valorização futura.

Price Cash Flow (PCF) – É um indicador de rentabilidade potencial de acções, obtido através da divisão da cotação pelo cash flow por acção da empresa cotada. Quanto menor é este indicador, maior é, em teoria, o potencial de valorização da acção.

Price Earnings Ratio (PER) – É também um indicador de rentabilidade potencial de acções, obtido através da divisão da cotação do título pelo lucro líquido por acção da empresa cotada. Quanto menor é este indicador, maior é, em teoria, o potencial de valorização da acção.

Prime Rate – Taxa de juro cobrada pelos bancos aos clientes com menor risco de crédito.

Privatização – Passagem para o sector privado da titularidade e gestão de empresas que até então pertenciam ao Estado.

Prospecto – Resumo informativo das condições aprovadas para a emissão de novos títulos no mercado.

Provisão contabilística – Dotação de recursos efectuada pela empresa, por uma questão de prudência, para fazer face a determinadas contingências, imprevistos, ou obrigações. Não são mais do que débitos que antecipam futuras perdas que podem ocorrer em termos de probabilidade.

PSI-20 – Iniciais do nome inglês Portuguese Stock Index-20. É um índice de acções que agrupa os 20 títulos mais líquidos do mercado português.

Put – Termo de origem inglesa geralmente utilizado para designar uma opção de venda, embora também possa designar uma venda qualquer de um produto ou serviço.

Put Warrant – Produto financeiro que atribui ao seu titular, o direito de vender um determinado número de acções, a um preço definido e numa determinada data. Na prática, representa uma put option em que o activo subjacente são acções e destina-se aos investidores que têm uma expectativa negativa em relação à evolução do activo. Os warrants podem estar associados a obrigações ou podem ser autónomos e são produtos cotados no 1º mercado e transaccionáveis (ainda apresentam liquidez reduzida).

Rácio de liquidez geral – É uma medida de liquidez e obtém-se pela divisão do activo circulante de uma empresa pelo passivo circulante da mesma.

Rácio de liquidez reduzida – É uma medida de liquidez e obtém-se dividindo o activo circulante subtraído pelas existências de uma empresa, pelo passivo circulante da mesma.

Raider – Pessoa individual ou colectiva que pretende assegurar o controlo da gestão de uma empresa através da compra de uma participação qualificada para o efeito.

Range Warrant – Um warrant em que o seu detentor recebe uma quantia em datas pré-determinadas, desde que a cotação do activo subjacente esteja dentro de um determinado intervalo pré-definido.

Rateio – Distribuição de valores mobiliários pelos investidores na proporção das ordens de compra/venda por estes emitidas, quando, no âmbito de uma OPV/OPA, o total da procura/oferta excede a oferta/procura.

Rating – Classificação de uma empresa ou instituição de acordo com o risco. A avaliação pode incidir genericamente sobre a empresa/instituição, tendo em conta a sua situação económico-financeira e perspectivas de lucros, ou, especificamente, sobre o seu risco de crédito, considerando a capacidade de cumprimento do serviço das dívidas.

Recessão – Trata-se de um período de tempo em que se verifica um declínio da actividade económica de um determinado sector ou economia.

Reconciliação Bancária – Processo de ajustamento entre os movimentos registados no extracto bancário e os movimentos registados no extracto pessoal, expurgando as diferenças entre estas duas realidades, tendo em vista a obtenção de um saldo reconciliado igual.

Red chips – Títulos de reduzida liquidez e/ou capitalização bolsista. Nestas acções, o spread entre comprador (bid) e vendedor (ask) é normalmente bastante largo.

Reembolso – Operação que extingue uma emissão de obrigações, acções remíveis ou um empréstimo bancário. Consiste na recompra pela entidade emitente dos valores mobiliários emitidos, antes ou na data de maturidade, ao par ou a prémio.

Relative Strength Index (RSI) – Indicador desenvolvido por Wilder e é normalmente utilizado para identificar topos e fundos em cotações de acções, pela focalização em determinados níveis-chave definidos no gráfico do próprio indicador (normalmente, 30 e 70), cuja escala varia entre 0 e 100. O indicador é ainda utilizado para detectar movimentos que poderão ainda não ser totalmente aparentes no gráfico das cotações; “Failure swings” acima de 70 e abaixo de 30 que poderão avisar de possíveis inversões de tendência; níveis de suporte e resistência e divergências entre o RSI e o gráfico de cotações, normalmente utilizadas como indicador de inversão de tendência.

Relatório e Contas – Reporte anual de uma empresa, constituído essencialmente por duas partes: por um lado, um texto descritivo da actividade da empresa e do contexto em que a mesma foi desenvolvida; por outro, as contas da empresa, desenvolvidas em mapas específicos, designadamente o Balanço, a Demonstração de Resultados líquidos e a Demonstração dos fluxos de caixa.

Rendimento Esperado – Média aritmética ponderada de todos os resultados possíveis para os rendimentos de um activo ou carteira, onde a ponderação representa a probabilidade de que tais resultados específicos venham a ocorrer.

Rentabilidade Potencial – É a taxa de rentabilidade esperada para uma determinada acção num futuro próximo (um a dois anos). A rentabilidade de uma acção decompõe-se em duas componentes: valorização do preço do título no mercado e dividendos distribuídos.

Reservas – Fazem parte dos capitais próprios da empresa e, tal como o seu nome indica, são reservas que a instituição possui. Quanto à sua origem, podem ser reservas de lucros, constituídas com base nos resultados gerados pela sociedade que não distribuídos aos seus sócios ou accionistas. Podem também ser reservas de capital, que resultam normalmente de doações e/ou subsídios ou de prémios de emissão de acções ou quotas, emitidos acima do par. Finalmente, temos as reservas de reavaliação que derivam da rectificação ou actualização dos valores do activo imobilizado da empresa, cuja reavaliação faz crescer o valor dos capitais próprios. As reservas podem, ainda, ser obrigatórias quando são constituídas por força legal, ser estatutárias ou contratuais, ou ser facultativas.

Reservas cambiais – Meios de pagamento disponíveis por parte das autoridades monetárias de um país para saldar os défices das suas balanças de pagamentos para com outros países estrangeiros.

Resistência – Nível de preços a partir do qual um título deixou de subir, evoluindo a partir desse ponto de forma lateral ou voltando a descer. Será o preço a partir do qual se começa a registar excesso de oferta em relação à procura, ou seja, excesso de vendedores face aos compradores disponíveis. Existem resistências de curto prazo e de longo prazo.

Responsabilidade limitada – Limitação dos prejuízos dos accionistas aos montantes efectivamente investidos na empresa.

Resultado líquido – Denominação utilizada para designar os lucros ou os prejuízos (caso seja negativo) de uma empresa, num determinado período de tempo, geralmente o exercício económico que, em regra, coincide com o ano civil. O resultado líquido corresponde ao lucro obtido pela empresa já após a dedução dos impostos que sobre ele incidem.

Resultados antes de juros e impostos (RAJI ou EBIT) – Resultados antes do apuramento dos juros financeiros e do cálculo do imposto.

Resultados extraordinários – Como o seu nome indica, têm origem fora da actividade normal da sociedade, ocorrendo com uma certa imprevisibilidade. São, por exemplo, as mais-valias e as menos-valias obtidas na alienação de imobilizações, os ganhos ou perdas em diferenças de câmbio, as dívidas incobráveis, etc.

Resultados financeiros – Resultados que decorrem das aplicações de natureza financeira da empresa e dos seus custos de financiamento (funding). Do lado dos proveitos, os mais importantes são os rendimentos das participações de capital, dos títulos negociáveis e outros juros e proveitos similares. Da parte dos custos, temos as amortizações e provisões de aplicações e investimentos financeiros e os juros e encargos resultantes da obtenção de capitais alheios.

Resultados operacionais – É a diferença entre os lucros e os prejuízos relativos à actividade principal da empresa. Do lado das receitas, os mais relevantes são as vendas e prestações de serviços e outros proveitos operacionais. Do lado das despesas, destacam-se os custos das vendas e prestações de serviços, os custos de distribuição e administrativos e, ainda, as amortizações e provisões relativas aos bens afectos à actividade normal da instituição.

Rho – Indicador que representa quanto é que o preço da opção ou warrant varia, quando a taxa de juro e os dividendos associados ao activo subjacente sobem ou descem.

Risco – Traduz a possibilidade de um investimento não apresente os resultados (mínimos) previstos.

Risco cambial – Grau de incerteza num portfolio de activos financeiros ou no valor de uma empresa em resultado da incerteza na evolução das taxas de câmbio.

Risco de base – Variabilidade da base (basis) ao longo do tempo; é o risco relativo a movimentos incertos no diferencial entre o preço spot e o preço do contrato de futuros; é o risco que subsiste após uma operação de cobertura (hedging) com futuros.

Risco de crédito – Possibilidade do beneficiário de determinado empréstimo não ter capacidade financeira para pagar os juros e/ou o capital em dívida.

Risco de incumprimento (default risk) – Possibilidade do emitente de determinada dívida não ter a capacidade financeira necessária para pagar juros e/ou capital em dívida na data e no montante prometido.

Risco de inflação – Risco de que a inflação provoque uma redução no poder de compra de um determinado quantitativo monetário ou instrumento financeiro

Risco de mercado (não-diversificável ou sistemático) – Parcela da variabilidade total do rendimento de um activo financeiro.

Risco de reinvestimento – Risco de que os cash-flows (pagamento de cupões) recebidos de uma obrigação com cupão sejam reinvestidos a taxas de juros futuras incertas.

Risco específico (diversificável ou não-sistemático) – Parcela da variabilidade total do rendimento de um activo financeiro devida a factores específicos de uma empresa ou sector (e cujo impacto pode ser eliminado ou atenuado através de uma adequada diversificação). Este tipo de risco está associado a factos como alterações ou problemas ao nível da gestão da empresa, greves ou modificações nos padrões de consumo relativos aos produtos da empresa.

Risco financeiro – O risco que os accionistas de uma empresa enfrentam devido ao facto de a sua empresa não ser financiada exclusivamente por capitais próprios.

Risco operacional (ou do negócio) – Risco que os accionistas de uma empresa enfrentam mesmo quando a empresa é totalmente financiada com capitais próprios. É o risco associado à gestão da exploração da empresa, por contraposição ao risco financeiro.

Roll Over – Extensão de um contrato de futuros para além da sua data de vencimento original. Representa, na prática, a troca de um contrato que está no seu vencimento, pelo contrato com vencimento seguinte. Esta situação ocorre normalmente nos dois últimos dias antes do fecho de contratos (3ª sexta-feira de cada mês), pelos investidores que desejam manter as suas posições abertas por mais tempo.

Rotação – O número de vezes em que os activos, tais como os stocks em armazém, as acções de uma carteira de valores mobiliários, ou outros, são substituídos em média durante um determinado período.

Securities – Termo inglês para designar títulos ou valores mobiliários.

Segurança / Risco – Diz-se que um título é seguro, ou que tem baixo risco, quando a sua cotação não sofre, habitualmente, grandes flutuações ao longo do tempo. Para um investidor ter um título de baixo risco na sua carteira significa ter uma certa garantia de estabilidade nas suas cotações.

Serviço da dívida – Encargos financeiros a pagar e capital a reembolsar por uma empresa num determinado período.

Short Selling – Termo designado para a venda de valores a descoberto no mercado. Ver também “curto”.

SICAM (Sistema de Investimento do Crédito Agrícola Mútuo) – Entidade que agrega a quase totalidade das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) nacionais. Trata-se de um organismo de natureza financeira que engloba as CCAM, bem como, as suas associações regionais e nacionais. Tem por funções a centralização dos excedentes de liquidez e a sua coordenação e gestão de forma a financiar a actividade creditícia das caixas filiadas.

Situação Líquida – Soma dos valores contabilísticos do capital social, das reservas e dos resultados retidos.

Sobre comprado (overbought) – Conceito associado normalmente a indicadores técnicos de momento (Momentum, RSI, Estocástico, etc.). Diz-se que uma acção está sobre comprada, quando após um determinado movimento forte de aceleração rompe determinado “tecto”. Este “tecto” é definido individualmente para cada indicador técnico e pode variar de indicador para indicador. Significa, na prática, que se registaram fortes movimentos de procura dessa acção, com subida rápida associada a esse movimento. Quando um título se encontra nesta situação, deverá, em teoria, ser vendido, pois poderá verificar-se uma reversão de descida no curto prazo, no seguimento do forte movimento anterior. Normalmente, um sinal de venda efectivo só é gerado quando o indicador cruza a linha de “tecto” no sentido descendente. Em Bull Market, poderá acontecer que determinada acção entre em zona “sobre comprada” e se mantenha nessa zona por algum tempo.

Sobre vendido (oversold) – Conceito associado normalmente a indicadores técnicos de momento (Momentum, RSI, Estocástico, etc.). Diz-se que uma acção está sobre vendida, quando após um determinado movimento forte de desaceleração rompe determinado “suporte”. Este “suporte” é definido individualmente para cada indicador técnico e pode variar de indicador para indicador. Significa, na prática, que se registaram fortes movimentos de oferta dessa acção, com rápida descida associada a esse movimento. Quando um título se encontra nesta situação, deverá, em teoria, ser comprado, pois poderá verificar-se uma reversão de subida no curto prazo, no seguimento do forte movimento anterior. Normalmente, um sinal de compra efectivo só é gerado quando o indicador cruza a linha de “suporte” no sentido ascendente. Em Bear Market, poderá acontecer que determinada acção entre em zona “sobre vendida” e se mantenha nessa zona por algum tempo.

Sociedade – Em termos económicos, é um contrato em que se reúnem uma ou mais entidades para o exercício uma determinada actividade com fins lucrativos.

Sociedade unipessoal – Sociedade constituída por um único sócio.

Sociedades Corretoras – São sociedades financeiras que compram e vendem títulos na Bolsa em nome dos seus clientes.

Sociedades Financeiras de Corretagem – São sociedades financeiras que actuam na Bolsa, comprando e vendendo títulos para os seus clientes, tendo também a possibilidade de gerir carteiras próprias de investimentos financeiros.

Solvabilidade – Mede a ralação entre os capitais próprios e os capitais alheios de uma sociedade. A gestão deste indicador financeiro é importante de forma a não colocar em causa a continuidade da empresa no médio ou no longo prazo. A solvabilidade pode ser medida pelo seguinte rácio: Solvabilidade = Capital próprio / Capital alheio A solvabilidade de uma instituição será tanto maior quanto maior for o valor deste rácio. Um valor muito baixo pode indiciar uma fraca viabilidade da empresa no futuro, pois significa uma elevada fragilidade económico-financeira.

Split – Incremento do número de acções de uma determinada sociedade, mediante o desdobramento das acções existentes em outras de menor valor nominal.

Spread – Spread ou margem é um termo de origem inglesa que representa a diferença ou o diferencial entre os preços de oferta de compra e de venda de um determinado activo ou derivado (ex: futuro, opção ou warrant). Quanto menor for o spread, maior será a rapidez com que o comprador apresenta rentabilidade positiva.

Spread Bid-Ask – Diferença entre os preços fornecidos pela Bolsa para a compra (bid) e para a venda (ask) de um determinado título.

Spread de Futuros – Diferença de cotação entre dois vencimentos de um mesmo contrato.

Spread horizontal – Compra e venda simultânea de duas opções que apenas diferem na sua data de exercício.

Spread vertical – Compra e venda simultâneas de duas opções que apenas diferem no seu preço de exercício.

Stock – Termo de origem inglesa para designar, essencialmente, os bens ou as existências armazenáveis adquiridos ou produzidos pela empresa e que as destinam à transformação, à venda ou, ao consumo.

Stop loss – Nível de cotação a que o investidor resolve vender uma determinada acção, limitando as suas perdas, perante um cenário em que essa acção começa a descer. Representa, na prática, o máximo que o investidor está disposto a perder, perante um negócio que começa a correr mal.

Straddle – Combinação de uma opção de compra (call) e de uma opção de venda (put) com o mesmo preço de exercício.

Subprime – Subprime refere-se a risco mais elevado. Trata-se de crédito, e.g. hipotecário, de alto risco concedido a quem apresenta uma questionável ou reduzida capacidade creditícia e financeira. Aos empréstimos obtidos neste regime são aplicadas taxas de juro mais elevadas de forma a compensar uma maior taxa de risco destas operações. Em períodos de crise económica, estes créditos são os primeiros a ser afectados pelo incumprimento do serviço das dívidas dada a fragilidade do perfil económico-financeiro dos devedores.

Subscrição Directa – Oferta de valores mobiliários feita directamente aos investidores pela entidade emitente, com ou sem o apoio de intermediários financeiros.

Subscrição Indirecta – Quando toda a emissão de valores mobiliários é subscrita por um ou mais intermediários financeiros, que se comprometem a colocá-los posteriormente junto dos investidores a que se destinam.

Suporte – Nível de preços a partir do qual um título deixou de cair, evoluindo a partir desse ponto de forma lateral ou voltando a subir. Será o preço a partir do qual começa a aparecer procura suficiente para sustentar a cotação da acção.

Suprimento – Financiamento assegurado pelo sócio de uma empresa, a título de empréstimo, e com condições de reembolso e pagamento de juros perfeitamente definidas.

Swap – Operação financeira que consiste na troca de um produto financeiro por outro. Como exemplo, temos os swaps; de taxa de juro, através dos quais uma empresa acorda com uma instituição bancária, por exemplo, a troca de um empréstimo de taxa de juro fixa por um de taxa variável.

Takeover hostil – Compra de uma empresa com a oposição dos gestores da mesma, os quais, normalmente, não só recomendam aos accionistas que não vendam as suas acções, como sugerem e solicitam tácticas de obstrução a tal tentativa.

Taxa de bolsa – Taxa cobrada pela bolsa de valores por cada operação efectuada (compra ou venda). É um valor percentual que é função do montante da transacção e é pago pelo investidor.

Taxa de câmbio – Valor de troca de uma moeda por outra.

Taxa de câmbio a prazo (forward) – Taxa de câmbio fixada no momento presente para servir de base a uma troca futura de um dado quantitativo de uma moeda por outra.

Taxa de câmbio à vista (spot) – Taxa de câmbio para a entrega imediata de divisas.

Taxa de corretagem – Taxa cobrada pelas instituições intermediárias financeiras (casas de corretagem) aos clientes pelas operações de bolsa que efectuaram, por seu intermédio. É uma percentagem do valor da transacção.

Taxa de desconto – Taxa de juro cobrada pelo Banco Central aos bancos comerciais.

Taxa de juro a prazo – Taxa de juro fixada no presente para um empréstimo a concretizar numa determinada data futura.

Taxa de juro à vista – Taxa de juro fixada no presente para um empréstimo contraído na mesma data.

Taxa de juro activa – Taxa de juro a cobrar pelos bancos pelo empréstimo de dinheiro. Designa-se por activa porque se inscreve nas contas do Activo dos bancos.

Taxa de juro nominal – Taxa de juro expressa em termos monetários.

Taxa de juro passiva – Taxa de juro que remunera os depósitos bancários. Designa-se por passiva porque se inscreve nas contas do Passivo dos bancos, visto representar uma responsabilidade.

Taxa de juro preferencial (prime rate) – Taxa praticada pelos bancos na concessão de empréstimos aos seus melhores clientes.

Taxa de juro real – Taxa de juro expressa em termos reais, isto é, será a taxa de juro nominal corrigida da inflação.

Taxa interna de rentabilidade (TIR) – Taxa de actualização que torna o valor actual líquido de um investimento igual a zero.

Tecto (Cap) – Limite superior da taxa de juro de um título emitido a taxa variável.

Tendência – Técnica gráfica de criação de linhas com base em diversos pontos equivalentes a cotações. Trata-se, na prática, de unir pelo menos dois pontos, num gráfico de cotações, criando um segmento de recta. Quanto mais pontos constituírem esse segmento de recta, maior significado terá essa linha e consequentemente a tendência que representa.

Tendência Ascendente – Criação de um segmento de linha ascendente que une diversos pontos baixos referente a várias cotações diárias. Esta linha traçada funcionará também como um suporte para o título analisado.

Tendência Descendente – Criação de um segmento de linha descendente que une diversos pontos mais altos referente a várias cotações diárias. Esta linha traçada funcionará também como uma resistência para o título analisado.

Teoria das Ondas de Elliot – Publicada em 1939 por Ralph Elliot. Consiste numa teoria de reconhecimento de padrões. Defende que o mercado accionista segue um padrão de cinco ondas de subida e três ondas de descida, de forma a completar um ciclo inteiro. Muitos analistas técnicos acreditam inclusive que este padrão pode ser aplicado a prazos muito curtos, até um dia. No entanto, as ondas de Elliot são normalmente utilizadas para medir e avaliar a evolução do padrão das cotações no médio e longo prazo.

Teorias do Mercado Eficiente – Os preços dos títulos reflectem a informação disponível. Consequentemente, os investidores não devem esperar que seja normal obter rendibilidades acima da rendibilidade correspondente ao nível de risco assumido e as empresas não devem esperar receber mais do que o justo valor pelos títulos que emitem. A teoria sustenta três níveis de eficiência: Fraca, quando os preços reflectem toda a informação contida nos preços passados; Semi-forte, quando os preços reflectem toda a informação publicamente disponível; Forte, quando os preços reflectem toda a informação relevante, incluindo a informação privilegiada.

Theta – Indicador que representa a perda de valor temporal de uma opção ou warrant.

Tick – Mínima flutuação de preço admitida na transacção de um contrato de futuros ou de opções.

Titularização (securitização) – Emissão de títulos negociáveis representativos de créditos detidos por uma determinada instituição financeira, e cuja propriedade é assim transferida para quem adquire os títulos emitidos.

Títulos – Ver valores mobiliários.

Topo ascendente (ascending top) – Padrão gráfico de uma acção em que cada pico na sua cotação é sistematicamente superior ao pico anterior. Este movimento de subida é considerado bullish, significando que a tendência de subida se deverá manter por mais tempo.

Topo descendente (descending top) – Padrão gráfico de uma acção em que cada pico na sua cotação é sistematicamente inferior ao pico anterior. Este movimento de descida é considerado bearish, significando que a tendência de descida se deverá manter por mais algum tempo.

Unidade de Participação (UP) – Representa uma parcela do valor de um fundo de investimento que é comercializado junto dos investidores. Deter uma UP significa deter uma quota-parte desse fundo e participar portanto na sua valorização ou desvalorização. A UP tem uma cotação actualizada diariamente, que é calculada de acordo com a evolução dos activos que constituem o fundo de investimento em questão.

Valor actual líquido (VAL) – Representa a contribuição líquida de um projecto para a criação de riqueza e é obtido deduzindo o valor actual de um projecto ao valor do seu investimento inicial.

Valor contabilístico (Book value) – Medida contabilística da situação líquida de uma empresa de acordo com o seu Balanço.

Valor de liquidação – Valor de uma empresa, no pressuposto da sua imediata liquidação, que seria obtido através da venda dos seus activos, após dedução do valor das dívidas.

Valor Intrínseco – Valor obtido, caso uma determinada opção ou warrant, seja exercida. Na prática, o valor intrínseco é a diferença positiva entre o preço actual do activo subjacente e o preço de exercício.

Valor nominal – Valor facial de uma acção ou obrigação. Caso o valor nominal seja superior ao valor de emissão, diz-se que a colocação foi realizada abaixo do par ou a desconto. Caso contrário, a colocação foi realizada acima do par ou com prémio.

Valor Temporal – Corresponde à diferença entre o preço actual do warrant e o seu valor intrínseco. Na prática, corresponde ao valor que o comprador deve pagar pelo potencial resultado (ou expectativa de valorização) do warrant. O valor temporal vai diminuindo à medida que o warrant se aproxima do seu vencimento.

Valores mobiliários – Termo utilizado para descrever uma ampla variedade de instrumentos de investimento transaccionáveis, ou negociáveis, tais como acções, obrigações, títulos de participação, warrants, unidades de participação em fundos de investimento, instrumentos derivados (futuros, opções,), etc. Normalmente, representam capital ou dívida das empresas ou outras entidades.

Vega – Indicador que mede a variação no preço da opção ou warrant, quando ocorrem movimentos na volatilidade no activo subjacente.

Vencimento do Warrant – Último dia de vida de uma opção ou warrant, significando a data limite até à qual o investidor pode exercer essa opção. Após essa data, a opção vence e perde todo o seu valor.

Venda a Descoberto – Ver short selling.

Vendedor Warrant – O vendedor da opção ou warrant. No caso dos warrants autónomos, o vendedor corresponde ao emitente

Volatilidade – Sensibilidade evidenciada pela cotação de uma acção ou de uma carteira às variações globais dos mercados financeiros nacionais e internacionais. Também pode ser definida como uma medida estatística de quanto é que o valor de um activo varia durante um determinado período de tempo (desvio padrão). Esta volatilidade é expressa em percentagem como uma taxa anual.

Volatilidade Histórica – Medida das variações do preço de um determinado activo subjacente. É a média dos desvios padrões das variações de preço para um determinado período e é utilizada como medida de variação de preços do passado.

Volatilidade Implícita – Mede a variação de preços esperada para um activo subjacente durante o período de vida remanescente da opção ou warrant, sendo utilizada para cálculo do preço teórico do warrant, recorrendo ao modelo Black-Scholes.

Volume – Número de acções (ou contratos) que foram negociadas durante uma determinada sessão. A relação entre preços e volumes é extremamente importante nas análises (ex: preços a subir acompanhados de volumes a aumentar).

Warrant sobre índices – Opção cujo activo subjacente é um índice de acções específico.

Warrant sobre taxas de juro – Opção cujo activo subjacente é um instrumento de taxas de juro.

Window Dressing (cosmética) – Prática adoptada pelos gestores dos fundos de investimento para melhorar as suas carteiras em períodos de reporte de informação financeira (trimestres normalmente). Estas mudanças de portfolio apresentam pouco efeito sobre a performance dos fundos, aumentando todavia os custos de transacção. Na prática, os gestores vendem as acções com má performance antes do fim do período e compram as que mais se destacaram, para deixar uma boa imagem junto dos accionistas/detentores de UP´s.

Yield – Taxa de rendimento de uma obrigação ou activo equivalente.

Yield curve – Ver curva de rendimento.

Yield to maturity – Taxa interna de rendibilidade de uma obrigação.