No último dia 9 de Novembro, a farmacêutica Pfizer anunciou ao mundo que a sua nova vacina para o Covid-19 tinha uma eficácia superior a 90%.
Segundo a empresa, este anúncio resultou de um estudo que envolveu 43.538 voluntários, todos previamente confirmados com um teste PCR negativo, separados em dois grupos – 50% para cada grupo.
O primeiro foi sujeito a duas injecções com um espaçamento de 21 dias. O segundo, igualmente sujeito a duas injecções e com o mesmo espaçamento temporal entre elas, recebeu apenas um placebo, em lugar da vacina administrada ao primeiro grupo.
Após o aparecimento de 164 casos – Teste PCR positivo –, a experiência terminou; 14 apareceram no primeiro grupo– uma incidência de 0,06% (14÷21.769) –, o que foi sujeito à vacinação, enquanto no segundo apareceram 150 casos– uma incidência de 0,69%(150 ÷21.769).
Com tais números, concluíram que a vacina apresenta uma eficácia de 90%, atendendo que em lugar de 150 casos apenas ocorreram 14 casos, uma redução de 90,7% (14÷150-1).
Uma semana depois, no dia 16 de Novembro, lá apareceu outro concorrente, a farmacêutica Moderna, com um anúncio igualmente promissor: a sua vacina Covid-19 apresentava uma eficácia próxima de 95%!
Tal conclusão, também resultou de um estudo com 30 mil voluntários, que obedeceu à mesma metodologia do estudo da Pfizer.
No primeiro grupo, composto por 15 mil voluntários, apareceram 5 casos, enquanto que no segundo grupo 95 casos; em conclusão: uma redução de 94,7%(5÷95-1).
Até aqui tudo fantástico; no entanto, somos obrigados a colocar as seguintes questões:
Nestes anúncios também não constam os efeitos secundários da experiência. Segundo relatos dos participantes à agência de notícias CNBC, muitos dos que receberam a vacina sentiram um forte impacto na sua saúde: febre alta, dores no corpo, fortes dores de cabeça, exaustão ao longo do dia e outros sintomas.
Nesta reportagem, a médica Dr. Sandra Fryhofer comentava que, dada a necessidade de duas doses, tinha dúvidas que os pacientes voltassem para a segunda dose, depois do que passaram após a primeira injecção!
Segundo o CDC, um departamento do Ministério da Saúde dos EUA, a taxa de recuperação do Covid-19 é a seguinte:
Face a este cenário – febre alta, dores no corpo, fortes dores de cabeça, exaustão ao longo do dia -, não será melhor arriscar e deixarmo-nos infectar pelo Covid-19, em que a recuperação é superior a 94% para todas as faixas etárias, e de 99,5% para pessoas com menos de 70 anos?
Não será melhor: venha daí o vírus, não deve ser pior do que esta experiência inolvidável!
A hilaridade de tudo isto não termina por aqui. A farmacêutica Astrazeneca veio informar-nos que no seu estudo é provável que se tenha enganado na dose: segundo esta entidade, os que receberam duas doses apresentaram piores resultados em relação aos que receberam apenas uma dose! Podemos imaginar a qualidade de tal poção mágica!
Face a esta tragédia, só nos resta chasquear tudo isto. Os druidas são os novos senhores.
Entretanto, o índice sp500, o principal índice bolsista norte-americano, à boleia destes anúncios salvíficos para a humanidade, não pára de registar novos máximos históricos: 13 de Novembro (3.585,15 pontos), 16 de Novembro (3.626,91) e 24 de Novembro (3.635,41 pontos).
As bolsas de valores continuam a refocilar à medida que nos aproximamos do final do ano, ignorando por completo a crise económica que vivemos.
A farmacêutica Moderna, a tal da vacina Covid-19, sobe 458% (ver Figura 2); é isso, estimado leitor, disse bem: sobe 458% em 2020! Se tivesse investido 100 USD no final de 2019, tinha agora 558 USD. Basta realizar anúncios deste calibre e já está!
Enquanto o mercado exulta com novos máximos históricos, celebrando anúncios em prol do bem da humanidade, a União Europeia comunica o seu plano de vacinação; informam-nos que já têm acordos com as farmacêuticas: AstraZeneca – a tal do erro com as doses -, a Sanofi e a Johnson & Johnson.
A nossa presidente e líder supremo, eleita para o cargo em lista única – recorda-nos alguns regimes, certo?–, diz-nos que não tem certezas em relação ao grau de imunidade destas vacinas: pode ser algo em torno a 70%, ou até menos…mas termina o discurso com palavras tranquilizadoras: vamos contratar a vacina de várias farmacêuticas para mitigar os riscos – se atirarmos várias vezes ao alvo, talvez acertemos, quem sabe?
Para assegurarem que o rebanho não escapa, a IATA vem informar-nos que está a desenvolver uma aplicação móvel – já existe algo semelhante por aí – para que os passageiros demonstrem que possuem a vacina Covid-19 em dia; caso contrário, não entram no voo.
A companhia aérea australiana Qantas já se adiantou: recentemente, decretou a obrigatoriedade da vacina Covid-19 para autorizar a entrada de passageiros nos seus aviões.
Seguramente, não será a última, até a “nossa” bancarroteira irá anunciar algo parecido nas próximas semanas, no meio de súplicas por mais 4 mil milhões de Euros.
Depois de tudo isto, esperaríamos voltar ao normal: errado! Já nos informaram que é tudo para continuar: máscaras, distanciamento social, gel e zaragatoas.
Nem pensem, diz o senhor Fauci – aquele que há uns meses nos dizia para não usarmos máscaras – é tudo ciência!
Em Julho, o seu colega, presidente do CDC, o conspícuo Dr. Robert Redfield, lançava esta pérola: “se a partir de agora todos nós usássemos máscaras durante 4 a 6 semanas, esta epidemia desaparecia”. Claro que desapareceu!
Em Itália, no início de Outubro, bastou que as máscaras passassem a ser sempre obrigatórias e o problema desapareceu; pelo menos é isso que indica a Figura 3.
No Reino Unido a previsão foi certeira. Obrigatórias no final de Julho, seis semanas depois: óbitos Covid-19 obliterados.
Em Espanha, seis semanas após iniciar a comemoração do Entrudo – final de Maio – deu-se o sumiço do problema, como podemos constatar na Figura 5.
Em França, igualmente uma presciência perfeita.
Máscaras obrigatórias no início de Agosto, seis semanas depois: problema resolvido!
E em Portugal?
Um sucesso (ver Figura 7) sem paralelo: sem máscaras a curva teria sido vertical a partir de Outubro!
Num espectáculo circense existe sempre o apresentador que nos anuncia a dificuldade e o risco de morte a que os artistas estão sujeitos antes de iniciarem o número; em 2020, a imprensa é agora o apresentador deste espectáculo circense sem igual: mortes e UCIs a colapsar, sem cessar.
Em Portugal, se analisarmos os óbitos semanais para a população com idade igual ou superior a 70 anos (a grande maioria dos óbitos) por 10 mil habitantes, como se pode observar na Figura 8, nada de anormal existe no presente ano – em anos anteriores existiram picos muito superiores.
Para melhor explicar os cálculos, utilizemos o exemplo da semana 1 em 2000 (2000W01): para os primeiros 7 dias desse ano, ocorreram 1.887 óbitos com idade igual ou superior a 70 anos; a população com idade igual ou superior a 70 anos era então de 1,1 milhões (1.117.038), assim temos 17 óbitos por 10 mil habitantes (17÷ 1.117.038× 10.000).
No caso da semana 45 em 2020 (4 a 10 de Novembro: 2020W45), segundo o Eurostat, ocorreram 1.891 óbitos com idade igual ou superior a 70 anos; a população com idade igual ou superior a 70 anos era de 1,6 milhões (1.656.358), assim temos 11 óbitos por 10 mil habitantes (11 ÷1.656.358× 10.000).
Com este método podemos realizar uma comparação com outros países e verificar se está ocorrer alguma anormalidade.
Em relação à Suécia, podemos observar que existe um pico em Março e Abril, no entanto, em anos anteriores, existiram picos de mortalidade mais elevados; recentemente, a situação está no intervalo inferior dos valores históricos (ver Figura 9).
Importa realçar que a taxa de mortalidade neste país é inferior à portuguesa. Sem máscaras, sem confinamento, sem imposições e sem destruir a economia.
Em relação à Finlândia, a mesma situação. Em 2020, nada de relevante ocorreu, tal como podemos observar na Figura 10.
O mesmo podemos dizer da Dinamarca.
Passou-se alguma coisa?
Nada, absolutamente nada: uma linha descendente (ver Figura 11). Há uns dias andavam a discutir no parlamento uma dessas leis para atropelar os direitos dos cidadãos….
Atenção, para Espanha já não é o mesmo – ver Figura 12.
Mas algo aqui não bate certo. Ao Eurostat, a Espanha comunicou 403.812 óbitos – compreendendo todas as idades – entre a semana 1 e 47 (21 a 27 de Outubro) de 2020; no entanto, para 2020, até ao final de Outubro, o Ministério da Saúde espanhol comunicou 328.499 óbitos, dando-nos a dimensão da patranha.
Terá servido para realizar um saque à nossa querida líder? Coitadinhos de nós, aqui devastados pelo bicho! O que é facto é que o vil metal está a caminho, não falhou!
Há uns meses, muitos pediam-nos – com empregos seguros e sossegadamente em casa, claro está – para ficarmos em casa.
Vai ficar tudo bem, diziam eles. Quem ia trabalhar e colocar a comida na mesa era uma questão que nunca aparecia.
Numa era em que o acesso aos dados nunca foi tão fácil, a grande maioria em nenhum momento indagou se existia algum fundamento para o que estava a acontecer: simplesmente deixámos que o circo fosse montado e o apresentador iniciasse o espectáculo, todos os dias, sem parar.
Agora, algumas vozes dissonantes estão a aparecer, mas sempre com fobofobia. Começam sempre assim: “atenção, obviamente sou a favor de todas as medidas de segurança” – julgo que se referem ao gel, às máscaras, ao distanciamento social, aos fatos Chernobil, a tudo isso -, “mas, na verdade, não entendo estas medidas: está a gerar a desgraça e a miséria”: a sério?! Demoraram todos estes meses para chegar a esta conclusão?!
Depois terminam invariavelmente num tom paternalista e com um ar de enorme sapiência: “o estado deve apoiar esta gente, não pode ser, as pessoas não podem ficar sem rendimento.”
Não é necessário trabalhar: agita-se uma varinha mágica e o dinheiro aparece, é realmente fantástico, um espectáculo sem igual.
Podem continuar a gritar no vazio. O espectáculo circense irá continuar. Agora com dois dias livres extra ainda será mais divertido.
A miséria continuará a alastrar, com empregos e rendimentos eliminados, com indústrias inteiras a caminhar para o abismo.
Ao mesmo tempo, os organizadores do circo irão continuar a imprimir dinheiro sem fim, a “estimular” o mercado accionista e, por esta via, a transferir riqueza de todos para uma ínfima minoria de pessoas – as acções deles valem cada vez mais e o dinheiro que temos no bolso vale cada vez menos.
Este escol comporta-se como os Velhotes dos Marretas: assistem ao circo do seu confortável camarote e riem-se a bandeiras despregadas de todos nós – mascarados, sem individualidade, vacinados, chipados, vigiados, em pânico absoluto e na completa miséria.
Estão há meses assim e parece que não querem que o espectáculo termine – é tão divertido!