A actual situação dos aforradores é dramática. Todos os dias, escutamos diferentes responsáveis de bancos centrais afirmando: “as taxas de juro negativas vieram para ficar, são o novo normal!”; ou seja, um aforrador, em lugar de receber, é obrigado a pagar juros, como se o tempo andasse para trás!
Por outro lado, sentimos que a inflação oficial não corresponde à realidade do dia-a-dia.
Em paralelo, implementam-se medidas próprias de uma realidade “Orwelliana”.
Em nome do combate ao branqueamento de capitais e à evasão fiscal,podemos assistir à abolição do dinheiro físico.
Neste contexto, com a eliminação do dinheiro físico, não há fuga possível. Ao impedir a conversão de depósitos em dinheiro físico, os depositantes serão obrigados a pagar pelo seu aforro junto de qualquer banco comercial; além do que pagam, devemos acrescentar a erosão do valor aquisitivo da moeda, atendendo às políticas inflacionistas dos bancos centrais.
Nos dias que correm, talvez seja a única saída possível para aqueles que desejam rendibilizar as suas poupanças e evitar a erosão do valor do dinheiro.
Estimado leitor, sabe quanto tempo demora a formar um médico?
6 anos de licenciatura, mais um de internado geral e quatro de especialidade, sem falar dos 12 anos de ensino pré-universitário.
Nada mais longe da verdade. Como em outras profissões, negociar em bolsa requer esforço, dedicação e, em especial, uma formação de elevada qualidade.
Por esta razão, no início de uma aventura na bolsa de valores, é crítico que nos formemos devidamente; para tal, de forma muito criteriosa, importa seleccionar um curso de bolsa.
Em primeiro lugar, a entidade responsável pelos cursos de bolsa deverá proporcionar diferentes opções: tanto presenciais como online. Por muito que agora se fale nas maravilhas do online, a formação presencial continua a ser indispensável.
A oferta de cursos deverá compreender vários níveis, desde conceitos básicos, como, entre outros: suporte, resistência, tipos de ordens e características dos instrumentos financeiros; a conceitos avançados, como divergências, pontos pivot, retracções/expansões fibonacci e gestão monetária.
Os cursos devem ser ministrados por pessoas com experiência efectiva em bolsa; por outras palavras: alguém que já arriscou o seu dinheiro nos mercados e teve sucesso de forma comprovada. A teoria não é suficiente, importa que o formador possua uma experiência real nos mercados financeiros.
Associado à frequência de um determinado curso, deverá existir um apoio posterior, que permita esclarecer dúvidas e partilhar experiências concretas de investimento.
Além deste auxílio, é muito importante um acompanhamento diário do investidor.
Através de webinars diários, visando esclarecer o impacto das principais notícias no preço dos activos, identificar oportunidades de investimento e conhecer a fundamentação de uma determinada estratégia – entrada, saída, stop, exposição, curto ou longo…
A partilha de experiências numa determinada comunidade de investidores, visando trocar ideias e corrigir erros, é outro aspecto a ter em conta para quem pretende consolidar a sua formação em bolsa.
Em conclusão, na hora de seleccionar um curso de bolsa, tenha uma especial atenção às ofertas grátis, pois uma formação que não atenda aos aspectos aqui detalhados não será gratuita seguramente.
A ilusão do baixo custo poder-lhe-á sair cara, pois uma má operação em bolsa pode arruinar a sua conta, sendo muito mais caro do que se tivesse optado por uma boa formação: o barato pode sair caro em bolsa.